15 março 2018

Angra e Preconceito

Como vãos? Espero que bem mas sinceramente, não me importo.
Por falar em se importar, vamos a algo que importou a um tanto de pessoas chatas pra caralho, a participação da cantora Sandy em uma musica do novo álbum do Angra, o ótimo Omni.

A musica em questão, Black Widow's Web, conta com a participação da já citada Sandy e com Alissa White-Gluz (vocal do Arch Enemy), sendo que a Sandy faz a introdução e encerramento da musica, nos trazendo um tom de lirismo que é quebrado ao decorrer da musica pelo vocal brutal da Alissa enquanto o Fabio Lione costura tudo.
Voltemos antes de tudo ao Omni, o novo álbum do Angra, que é conceitual por sinal (ei eu rimei). Omni já aparece com a chance de entrar para o hall de melhores álbuns conceituais da banda, ao lado de Temple Of Shadows, Rebirth e Holy Land. Omni está no patamar dos grandes plays já citados, porém, ele traz muitas particularidades, desde o tema à sonoridade moderna tirada com maestria pela nova formação da banda que traz grandes músicos.
A nova formação do Angra, ou antiga, depende de quando você está lendo isso.
O fato é que mesmo sendo uma boa musica e se encaixando perfeitamente dentro do conceito do Omni, Black Widow's Web recebeu algum rage, principalmente porque um certo babaca influente de internet fez vídeo depreciando o som, mesmo a musica tendo Alícia que é muito mais macho que esse conservador que acredita que Deus (se existir) está mais preocupado em exterminar e torturar quem blasfema que com a paz entre humanos. Kiko Loureiro, que nem mais integrante de fato é da banda, chegou a fazer vídeo defendendo a musica e tudo mais.


Enfim, criticar um som do Angra por trazer elementos aquém ao metal é não conhecer a banda direito pois estamos falando de uma banda que no seu primeiro álbum traz um baião forrozeiro metaleiro e um cover de Kate Bush, uma banda que em toda sua discografia brincou com influencias fora do metal e até em shows trouxe várias vezes coisas totalmente fora disso. O que dá ao Angra personalidade é isso, essa liberdade artística. Mesmo com todas mudanças de formação e de sonoridades (e olha que passou gente ali hein), isso sempre foi mantido e é algo muito especial pois em um ambiente tão conservador termos uma banda nacional com coragem de sempre tentar trazer algo novo ao seu som, é digno de orgulho.
O problema é que no meio metal, e quando falo isso não falo apenas de power/ prog/ heavy, falo do metal extremo também. está repleto de gente preconceituosa que ama criticar uma banda que resolve fazer alguma coisa diferente. Ainda nessa semana assisti a uma entrevista do Moyses Kolesne do Krisiun onde é abordado o fato de alguns fans não aceitarem death metal se não tiver blast beat, sendo que as primeiras bandas do gênero nem usavam isso. Além disso, uma grande prova da babaquice geral, aconteceu com o próprio Krisiun, uma das bandas mais respeitáveis do Brasil e gênero, já sofreu críticas que em sua maioria vem de uma galera que não sabe nem soletrar death metal mas se acha crítico de musica.

Hoje em dia também temos o outro lado, os mentes abertas demais que batem no peito pra dizer que preferem ouvir Lady Gaga a Metallica, só para poderem mostrar ao mundo o quanto são lacradores. 
O ponto a que quero chegar aqui, é aquele em que encontramos o equilíbrio, coisa que está faltando em tudo ultimamente. Você não precisa ser true ou lacrador, apenas cheque se o som é bom ou ruim, sem se ater se quem está participando é ou não do gênero. O que está fazendo o rock / metal perder influencia é o publico chato que afasta as outras pessoas e depois fica choramingando que a nossa cultura não tem atenção da grande mídia. A mesma galera que não sabe apreciar algo mais minimalista porque se não criar uma melodia complexa e chata pra caralho, não tá bom... Enfim, esses porra tão cagando no nosso role, inclusive o influenciador que tem seguidores que desistem de pensar por sí mesmo e tomam pra sí as idéias genéricas dele. Temos que tornar saporra agradável as pessoas sem nenhum tipo de retardo mental.

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