26 julho 2018

Show De Gravação DVD Omni Do Angra

Olá meus caros e baratos, nesse último dia 21 tivemos a gravação do DVD do Angra que ainda está por ser lançado em um dia, que só nosso senhor Inri Cristo sabe. É claro que nós fumos nesse show.
Chegamos ao Tom Brasil, casa de shows famosa de São Paulo, às 19 horas e muita coisa, os portões estavam marcados para abrir às 20 horas e já havia fila na porta, numa bela noite fria e de garoa, que dá fama a essas terras do sudeste. Os portões se abriram com atraso de uns 20 minutos, acredito que o pessoal do Tom Brasil não estava se molhando no frio como o público que aguardava alí fora.
Ao entrar descobri que para comprar uma cerveja, que estava custando o preço de 12 Reais (um assalto etílico), e qualquer outra coisa no bar só podia ser comprado fazendo uso do cartão virtual ZigPay, que pode ser usado como app do celular ou um cartão cedido pela casa. O cartão para ser usado te cobra 5 Assaltos que depois será revertido em uma água no ato da devolução do tal cartão, pelo menos foi o que me foi explicado. Paguei pra ser assaltado e no cadastro o celular da atendente não reconhecia meu nome e teimava em corrigir o que eu digitava pra Francisco, depois de um trabalho danado e pra minha falta de surpresa o cartão ainda dava erro na hora de passar no bar. Depois de perder muito tempo um técnico que nem olha na minha cara resolve o problema e finalmente posso pegar a cerveja e ir pro meu lugar que já está ocupado por outros. Valeu por me fazer perder meu lugar na grade ZigPay, não recomendo você nem ao meu pior inimigo.
O show que está marcado para começar às 22 horas, atrasa e às 22 e um pouco mais que meia, começa Rainbow In The Dark do Dio no talo, o que deixa claro que depois dessa obra prima o bicho vai pegar.
Então os caras entram quebrando tudo com Newborn Me, sendo uma música que deixa claro qual vai ser a temática do DVD logo de cara, o renascimento do Angra em uma nova formação, com um álbum que foi muito bem aceito, com todo merecimento.
Depois de uma breve explicação, do Rafael Bittencourt, de como vai funcionar a tal gravação do DVD (poderia repedir música, poderia parar no meio da música e tudo mais caso algo desse ruim) os caras tocam Angels And Demons e Running Alone, sendo que o anúncio das músicas foi trocado mas a execução foi ótima, com uma pegada diferente.
Então chegamos ao que já era prometido no anúncio do show, o álbum Omni sendo tocado de cabo a rabo. Light Of Transcendence e Travelers Of Time foram tocadas com uma ou outra falhinha que serão facilmente corrigidas na pós produção.
Mais uma vez Bittencourt, começa um discurso, demonstrando uma certa preocupação de como o público receberia a participação especial que entraria a seguir, mas o público demonstrou que a receberia muito bem, gritando e muito por Sandy. Black Widow's Web foi tocada de maneira ímpar com Fabio Leone assumindo a parte dos vocais guturais que no álbum são cantados pela Alissa White-Gluz (Arch Enemy/ Agonist/ Delain). Sinceramente, essa parte me surpreendeu muito, o italiano consegue ser bem bruto e a Sandy merece muito respeito pois cantou bem e se portou com total respeito ao público diferente do seu... E respeito é o que a galera que quer falar mal da performance dela precisa aprender, já que o Angra é uma banda que desde sempre trouxe um pouco de outros gêneros de música pro metal, nada mais justo que a participação dela ser respeitada e entendida, ou só Kate Bush vale?
Mais um tempinho se passa, entre cada música a espera para preparação da próxima levava entre 2 a 5 minutos, Insania é executada com Leone mostrando muita presença de palco. Algum problema acontece e enquanto rola a espera Felipe Andreoli pergunta se a galera quer ouvir um solo de baixo pra passar o tempo (claro que sim!), e o cara mostra porque é considerado um dos maiores baixistas nacionais, pena que provavelmente isso nem entrará no DVD. Mais problemas e pra passar o tempo temos uma capelinha de Caça E Caçador com Bittencourt no violão e vocal, tentando lembrar a letra da música junto do público.
E Bittencourt continua a soltar a voz desafinada, pois é hora de The Bottom Of My Soul, uma das músicas mais belas de Omni, que fez o público cantar alto, bem alto.
War Horns, uma das músicas mais pesadas do álbum é seguida de Caverman, aquela música que o Angra mistura uns ritmos diferentes, coisa que em cada um dos álbuns da banda você encontra uma musica assim.
Agora Bruno Valverde mostra do que é capaz, e o rapaz é bem capaz. Um solo de bateria de tirar o chapéu com direito a final performático e pose estilosa com uma puta ovação da galera. Aliás, algo que quero aqui elogiar esse menino é que por ter aquele jeito de tocar, ao estilo bateristas de jazz, sempre imaginei que ele não batia tão forte quanto o que se espera de qualquer batera de bandas de metal, porém me enganei, o moleque bate forte e tem uma certa ginga no modo de tocar que combina muito com o que o Angra explora em sua musica.
Chegou a hora de outra participação especial, mais em família do que nunca, já que o marido da Sandy está entre os caras, a Família Lima sobe ao palco e juntos tocam Magic Mirror que ficou muito encorpada com os instrumentos de corda e a bela balada Always More, que contou com o lyric video passando no telão, o que ajudou o publico a cantar juntinho, momento romanticuzinho pacas. Omni - Silence Inside encerra o álbum Omni no show.
Daí vem mais uma seleção de músicas baseadas no que o publico escolheu em uma votação no Facebook, começando por Spread Your Fire, uma das musicas mais queridas dos fans e seguida por Ego Painted Grey, um belo som que me surpreendeu em ter sido escolhido e sinceramente, que baita surpresa boa.
Meme time, Heroes Of The Sandy em alto e bom som duas vezes seguidas. Explicando melhor, a Sandy volta ao palco para cantar em Heroes Of The Sand, coisa que ficou bem bacana, pois enquanto ela fazia as partes calmas, o Leone entrava nos momentos mais agitados da musica, trazendo um tom meio que o famoso estilo vocal "A Bela E A Fera" que a galera do metal gótico adora adotar. Por algum motivo resolveram repetir essa musica e por incrível que pareça o publico respondeu ainda mais alto na segunda vez.
Upper Levels do álbum Secret GardenCarolina IV, unica musica da fase André Matos que apareceu por aqui. Isso seria o que encerraria o show, pelo menos na dramatização do DVD... Sim sinhô, metal também é dramaturgia.
No bis contamos com Rebirth e Nova Era (com participação da Família Lima, o que deu uma encorpada monstruosa no som) o que deixou claro aquilo que falei na musica de abertura, a palavra de ordem aqui, é o renascimento, o reinicio, a reinvenção, seja pela nova formação ou seja pelo novo álbum que reinventou a banda misturando conceitos dela mesmo.
A tal da nova formação e até que tá muito do bão. Rimei meu irmão.
Quase 3 horas da madruga chegamos ao fim do show/gravação do DVD, com a banda agradecendo a presença e empolgação do publico que poucas vezes vi um tão participativo, sério, mesmo com todas pausas e falhas (em certo momento as cordas do violão do Bittencourt foram pro saco e foi preciso esperar a substituição do violão) o pessoal manteve o pique durante a porra toda.
De bônus fomos na lojinha de merchan da banda e tava tudo uma zona e caro pra carai, além de estarem vendendo cerveja imprópria para consumo, sim fiquei tão perplexo quanto você. Uma hypster justificou que uma cerveja vencida a 10 reais era pra colecionadores, sou mais colecionar algo que eu possa beber. E se lembra do tal cartão ZigPay? Pois bem, fui troca-lo pela tal água, que cobrou-me 5 Contos, e recebi uma garrafinha de 250ML, uma garrafa de cuspe pelo dobro de uma garrafa de água comum, um absurdo total, sério, espero que esse ZigPay vá para o quinto dos infernos sentar na piroca do Capeta enquanto Satã bate com pau mole na cara dele e Lilith o dá um banho de merda...
Finalizando, esse show/gravação de DVD foi fascinante, não só por ver que o Angra em sua nova formação está indo muito bem sim senhor e sem medo de ousar, sendo que tem um dos melhores públicos que o metal já viu e nós que estávamos lá estamos de parabéns, somos muito fodas.

15 julho 2018

Homem-Aranha Consumido Pelo Uniforme Negro

Olá meus tchutchucos, trago a ilustração do que o Homem-Aranha sentiu ao ser consumido pelo uniforme negro, sim, aquele uniforme que depois veste o Venom que ganhará um filme sem ligação nenhuma com o amigão da vizinhança... Vai ser ó...
Arte: Franci

13 julho 2018

Reflexão Sobre Indústria De Games

Olá meus povos, hoje já quero começar pedindo um exercício de imaginação: Imagina que parte da discografia daquela banda que você tem no coração só saiu em fita k7 e que se não for por meio de download ilegal, com qualidade de áudio mais questionável que da própria fita k7 (que já era uma grandíssima bosta) você não poderá apreciar aquele som. Imagine que mesmo com uma boa base de fans, a gravadora caga e anda pra isso.
Imaginou?
Pois é, inaceitável essa situação.
Agora vamos imaginar que aquele clássico filme que influenciou uma galera só foi ao ar no cinema e nunca foi assistido em lares, podendo chegar a um dia cair no esquecimento. 
Inconcebível!
Vamos um pouquinho mais longe agora, imagine que a Apple compre o Facebook e a partir desse momento só quem usa um computador, tabblet ou smartphone da maçã vai poder acessar ao site. 
A internet viria a baixo, não é mesmo?
Industria gamer representada em imagem, já posso procurar emprego na área de ilustração.
Pois bem, agora vamos realocar cada situação dessa com games. Porque aceitamos que empresas do setor deixem games cair no esquecimento? Porque aceitamos que publiquem um determinado game apenas pra um console (na verdade tem gente que acha isso bom) forçando quem queira ter o jogo ter que comprar mais de uma plataforma? Porque não cobramos o crossplay entre todos os consoles, já que meus amigos não são obrigados a ter o mesmo console que eu para jogarmos? Porque aceitamos que mesmo sendo fácil de colocar retrocompatibilidade em todos os consoles dessa geração, eles não coloquem e te obrigue a comprar um jogo que já tem? Porque aceitamos jogos incompletos sendo vendido? Porque aceitamos?
Não compreendo, de verdade. Tento e tento compreender o público gamer mas não consigo entender uma galera que reclama apenas de gráficos enquanto está vendo uma indústria se firmar da pior forma possível.

09 julho 2018

Games E Justiça Social

Olá estranhos, sem muita introdução vou penetrar rapidamente no assunto, assim mesmo, vou enfiar o que tenho a dizer em você, sem romantismo nenhum porque somos todos adultos e podemos usar a lógica ao invés de sentimentalismo nessas horas, não é mesmo?
Pois bem, o sentimentalismo, ao que parece, vai suplantar a lógica e no mundo dos games não é diferente.
Tá bem, me explico melhor. Nessas épocas de E3, tivemos vários anúncios de novos jogos, coisa que acontece anualmente como todos que jogam vídeo games bem sabem. Porém, nesse ano a política social se fez presente na maioria dos anúncios, com as tais da inclusão e representadividade entrando em voga. E é aqui que a lógica e o sentimentalismo barato entraram em conflito de diversas formas e lados.
Começando por ordem cronológica de tretas, um pouco antes da E3 em sí tivemos o lançamento do trailer do Battlefield V, um jogo que estava sendo aguardado pelos fans da franquia (faço parte dessa base de fans). O trailer, lançado após alguns teasers curtos que não deixava nada claro e aumentava ainda mais o hype, mostrou que o jogo se passará na Segunda Guerra Mundial mas terá soldados mulheres, muitas opções de personalização do seu soldado no modo multiplayer, contando até com escolhas de próteses para braços e pernas.
Pois é, nós que somos fans de Battlefield sempre elogiamos a preocupação da franquia em respeitar o lado histórico dos combates. Daí trazem um jogo de uma das guerras mais famosas da história com mulheres, que não fizeram parte do front na guerra em questão, com soldados cheios de próteses, coisas inconcebíveis, ainda mais na década de 40, onde a tecnologia proporcionava próteses tão rudimentares. A resposta do público ao trailer do jogo foi rage, pois além da (digamos) "licença poética" (para não dizer cagada) com a história, ainda contamos com coisas que desvirtuam o gameplay, que já tem sua identidade a incontáveis anos, do BF (apelido íntimo de Battlefield, só para os chegados). O vídeo do tal trailer recebeu uma enxurrada de descortir, a fanbase de BF declarou seu descontentamento com o próximo lançamento em redes sociais e a resposta da EA (que é a responsável pelo lançamento) foi, "machismo".
Sim, a EA além de não dar a mínima para a reclamação da galera, ainda mudou o foco das reclamações, anunciando que o rage era por causa da adição de mulheres no game. Fato que não é verdade, já que a reclamação de todos sempre foi que não havia mulheres no front, caso coloca-se uma classe feminina que corrobora-se com os acontecimentos históricos, ninguém reclamaria, rolaria era elogios.
A EA conseguiu assim fazer com que os justiceiros sociais comprassem a briga (pois o jogo eles não vão comprar), taxando assim os jogadores de BF de machistas patriarcais que tem pinto pequeno. Ou seja, a EA usou os sentimentos de justiça dessa galera contra a nossa razão.
Daí veio a E3, com mais trailers e Gears 5 surgiu, fazendo nós fans molhar nossas calcinhas. O jogo está lindo e o trailer dá um tom que a história focará em um caminho novo. Porém, a personagem principal não será mais um membro da família Fenix, será Kait Diaz, que já apareceu no Gears Of War 4 como coadjuvante e roubou a cena, já que JD Fenix (filho do Marcus Fenix) não é tão marcante assim. O trailer teve a participação de JD e até mesmo Marcus Fenix, porém, ao que parece, eles participarão apenas de um trecho da aventura de Kait e o resto focará na história dela.
Sinceramente achei bem legal essa nova perspectiva e estou bem curioso para ver aonde essa nova aventura vai acabar e o que vai revelar de novo. Porém, alguns fans não usaram a lógica e reclamaram por causa da nova protagonista mas foi algo pequeno já que o grande foco das reclamações foi a ausência de um Fenix no protagonismo do game, sendo assim, entrou aqui só um pouco de emoção desses caras mesmo.
E finalmente chegamos ao caso Last Of Us Part 2 com seu beijo lésbico (sim, existe cara reclamando disso pois se diz "hétero" e não gosta da idéia de duas mulheres se pegando). O caso é que um dos jogos mais aguardados, com mais expectativas que o que há dentro das roupas íntimas daquele ser humano desejado, teve um beijo lésbico em seu trailer, sendo que o mesmo foi reproduzido pelas atrizes que fizeram a captura de movimento do jogo no palco da apresentação da Sony na E3. 
Esse tal beijo não é gratuito, pelo contrário, ele ambienta muito bem o porque de todo ódio mostrado pela personagem Ellie. Ellie que por sua vez se desenvolveu no primeiro game e na sua DLC, descobrindo sua orientação sexual neles, ou seja, nenhuma novidade em a menina ter uma namorada, ou noiva, ou seja lá o que a outra personagem é.
Como disse e vou me repetir, porque sempre faço isso, o beijo não é gratuito e depois dele fica claro que alguma coisa aconteceu com a outra personagem e que por isso Ellie está bem puta da vida. Sério, até na movimentação durante o gameplay você sente o ódio de Ellie, ela age da maneira mais brutal possível em todas situações. Magnífico tudo isso né? A produtora não forçou a barra, criou uma personagem homossexual, sendo que isso não é o que ela apenas é, e sim é parte do que ela é.
Mas uma galera aí não raciocinou direito e por seus sentimentos saiu difamando o game. Uma galera que não aceita uma personagem como ela é, por um simples detalhe, que não afeta em nada a qualidade do jogo. 
Pois é, sentimentos e mais sentimentos. Outros casos aconteceram, porém só queria ressaltar esses que nos mostram todos os lados dos sentimentos. 
As pessoas precisam começar a usar a cabeça além de seus corações amargurados. Representividade, apesar de uma palavra tosca, é algo importante. Se uma pessoa homossexual joga games, ela merece ter personagens homossexuais para se espelhar, mulheres devem ter personagens que não sejam apenas um monte de peitos e bundas para poderem jogar. Mas, e sempre tem um mas e não um mais, pois mais é pra adição como quem tem uma mínima noção de gramática bem sabe. Mas isso deve ser feito com dignidade, ou seja, com personagens femininas que respeitam contextos, com personagens homossexuais que não estejam no jogo apenas para cumprir cota e ficar repetindo que é gay. 
Isso tudo é só o começo de algo que está chegando pra ficar, um jogo deve ser visto por suas qualidades e não apenas por políticas sociais. O grande problema é isso, a mídia de games muitas vezes esquece de falar das mecânicas e inovações do jogo em sí para se apegar a escândalos sociais, fazendo no fim com que o publico se aliene aos jogos e pensem apenas em política, tomando emoções baratas para sí.