09 abril 2022

Porque eu amo 1: Sad But True - Metallica

Vamos começar isso aqui explicando um quadro novo do blog, o Porque eu amo. A ideia aqui é tentar por em palavras o meu sentimento por algo que eu gosto muito. Seja música, álbum, banda e até mesmo games
Enfim, vou começar com um som que foi amor a primeira ouvida, na verdade, um som que ajudou a forjar meu amor por metal e rock em geral, como você já deve ter lido no título, tratasse de Sad But True do Metallica. Musica que vem do álbum homônimo da banda (também conhecido como Black Albun), e é a segunda faixa do 5º play de estúdio da banda, e digo isso sem ter que colar, esse é um dos poucos álbuns que sei a ordem das musicas de cor. Aliás, o Metallica é aquela banda que negada mete o pau mas no fim todo mundo conhece toda discografia, coisa que não fazem com as bandas que dizem perfeitas.
A capa do black albun, aquele com uma puta produção que poser ama xingar.

Esse som é um dos grandes hits do Metallica, daquelas musicas que provavelmente você vai ouvir até em mídias que não tem nada a ver com o metal ou rock em geral. Talvez por isso ela não seja tão amada pelos headbangers mais puritanos (chatos pra caralho), porém, aqui é para falar sobre o que eu amo, não do que gente chata acredita que é bom pra manter pose de mal...

O inicio desse som já é uma coisa que me ganhou nas primeiras ouvidas, lá na áurea década de 90 (puta merda, sou velho demais), onde minha versão adolescente estava ganhando conhecimentos metalicos com a ajuda do rádio e do Comando Metal, Hora dos Perdidos e programas que arrepiavam até os pelos do cu de fan de rock. 
Essa intro com a bateria atenuando os riffs de guitarra e o baixo apoiando com muito peso, enquanto o silencio é criado para de dar um respiro antes de mergulhar numa marcha insana. A primeira coisa que tenho a dizer disso, é que a produção é incrível! Sério, quantos álbuns soam tão pesado quanto esse? O bumbo te soca a cara aqui, é perfeito demais e algo que sinto muita falta nos álbuns atuais do Metallica, com uma produção que afunila o som.
Algo que amo aqui é a maneira que James Hetfield canta, atenuando ainda mais o som marchado que ela tem, de maneira que faz soar que o narrador da letra está apontando diretamente pro teu peito enquanto discursa o texto na tua cara. 
Todo o riff marchado explode junto com uma virada de bateria que dá uma quebrada bem concisa pra entrar num refrão que ganha uma guitarra harmonizando todo o ódio cuspido pelo refrão que te lembra que aquilo é triste mas é verdade.
Capa de um dos singles lançado para a musica, que ganhou diversos versões de singles em diversos formatos de mídia e com musicas diferentes como lado B.

Algo que amo muito no rock em geral é o bom uso do silencio e o riff dessa musica sabe muito bem fazer uso disso, o silencio de milésimos faz que cada nota entre socando seu pâncreas e quando o refrão está pra chegar, o silencio chega antes pra anunciar que a coisa está ficando bem interessante já que junto do refrão a bateria vai viajando, de maneira simples mas eficiente, até chegar a uma ponte que nos leva diretamente ao refrão. Simples, honesto, pesado e muito agradável aos ouvidos.
 Aliás, essa é uma daquelas músicas que também sabe terminar, ela vai ampliando o peso, o refrão entra ganhando novas linhas e um aviso final "eu sou você", tudo vai marchando pra explosão final que se dissipa novamente em silencio, com o som dos pratos da bateria nos dando tchau. Fica aquele gostinho de quero mais que é o que a boa arte deve te dar.
Amo a cadencia, a sensação de peso e raiva. Amo a letra, que é poética mas não te pede doutorado para compreender. Enfim, esse é um daqueles sons que pra mim funciona para todos momentos e esse é porque eu amo essa musica.

01 abril 2022

Rabiscos 16


Um estudo sobre sensualidade feminina em traços simples. Arte feita diretamente com caneta nankin.