26 dezembro 2022

Rabiscos 19

Arte feita apenas com lápis simples numa noite monótona antes de perder o emprego. A beleza na escuridão.

05 dezembro 2022

Terminei Psychonauts 2

Sabe aquela pessoa que não é tão bonita assim mas tem tanto conteúdo que te dá tesão? É assim que me sinto quanto a Psychonauts 2 que terminei. Sim essa é a introdução do texto, totalmente a seco, sem lubrificação nem dó!

Quando lançaram esse jogo, tinha uma galera num hype lascado no Twitter mas como por lá é cheio de fanboys e gente sem muito o que fazer, não botei fé nenhuma. Então veio um evento da Microsoft que promoveu o jogo com muita empolgação, resolvi checar e não curti muito do design dos personagens cabeçudos lembrando um pouco o estilo da Nickelodeon que pouquíssimo me cativa. Deixei o jogo de lado e segui minha vida.
No lançamento o Rewards (programa de pontos da Microsoft que dá pra levantar tanto dinheiros quanto meses de GamePass) colocou um cartão de pontos do jogo, como ele lançou day one no GamePass, baixei no intuito de liberar os pontos do cartão e apagar logo em seguida e foi aí que fui fisgado.
Consentimento é importante.

Para você que não tem a minima noção do que estamos tratando aqui, Psychonauts 2 é um jogo de aventura/ platafroma desenvolvida pela ótima Double Fine e lançado pela XBox Games Studios para XBox One/ Series, PC e Playstation 4 (bizarro demais ver logo de XBox no console do Yudi).
O jogo na verdade é lindo com truques insanos pra mudanças extremas de cenário que acontecem bem na sua cara, parece até metal progressivo mudando de compasso de maneira orgânica (pelo menos as bandas boas conseguem fazer isso). Com uma jogabilidade sólida, simples e de fato diversificada, você vai se ver usando mecânicas diferentes para ações que você nem imaginou que estaria ali. Sim, até reality show de cozinha aparece na treta...
Nasce uma fascista.

A história é outra coisa incrível e exemplar aqui, tudo se liga tão bem e o enredo corre tão fluido, mesmo nas partes mais paradas, que você nem sente as horas passar. O mais incrível aqui é que assuntos tensos e pesados são tratados com bom humor, sem dramalhão para passar vibe forçada de algo superior. Sim, estamos falando de um roteiro ímpar mas que não fica a todo tempo tentando demonstrar o quanto se acha importante e sério, muitos jogos supervalorizados por aí deveriam seguir mais isso ao invés de se acharem sério demais, sendo na verdade apenas chatão.

01 dezembro 2022

Terminei A Plague Tale Requien

Já vi muito tipo de histórias, amo ler livros, HQs e mangás (além de hentais), amo filmes e séries, amo álbuns conceituais (com músicas contando uma história ou trazendo um recorte de um tema), amo animes e séries animadas, amo games... Toda essa introdução é para dizer que tenho muita noção de como uma história é contada em diversas mídias e temas.
Uma história, além de personagens com personalidade bem definida e um tema central, deve cuidar como será o relacionamento desses personagens, como vai evoluir isso sem tornar piegas, nos fazendo se importar com eles a ponto de torcer e se emocionar a cada passagem.
Hoje é seu dia de sorte seu guarda.

Confesso que poucas histórias e personagens conseguem me fazer me importar, tanto com personagem quanto com aquele mundo. Quando se trata de ficção, ultimamente ando vendo os padrões se repetindo tanto, mesmo nos grandes sucessos, que isso me brocha um tanto. Ainda mais quando falamos de games, as vezes uma jogabilidade mais legal me faz cagar pra trama central. As vezes acho piegas demais, sejamos francos que os roteiros dos games tem mais clichês que séries da Netflix.

E é aqui que chego aonde quero chegar, no jogo que terminei: A Plague Tale Requiem, jogo de ação/ stealth,  desenvolvido pela Asobo Studio e lançado pela Focus Home Interactive para todas as atuais plataformas. No meu caso joguei no meu velho Xbox One de guerra via XCloud (serviço de streaming do GamePass), o que me permitiu jogar com gráficos de nova geração, sim o jogo é bonito.
Eu não menti, é bonito!

Pouquíssimas histórias que tive a chance de testemunhar tem uma relação tão bonita quanto a desses irmãos que compõe os personagens principais. O jogo trabalha essa relação de maneira ímpar. Momentos de calma com os dois brincando e conversando sobre coisas triviais te desarmam para os momentos tensos de ação e drama que vêm a seguir.
Amo esse elenco, quero ir pro bar com vocês tudo.

Hugo, o irmão caçula que é o protegido da protagonista Amicia (quem você controla durante a aventura), é uma criança inocente de fato e todas as suas ações são de fato as de uma criança, até nos momentos que faz birra, o problema aqui é que a birra dele pode fazer um regaço fudido.
Vou te falar que esse jogo me emocionou como poucas histórias conseguiram fazer, terminei com os olhos cheios de lágrimas e com aquela sensação de que toda a jornada foi válida. Nenhuma ação dos personagens é propositalmente burra pra gerar algum conflito como vemos na maioria dos filmes hollywoodianos, aqui o mundo os cansa, é tudo duro e brutal levando-os a perder a cabeça, ou a duvidar de aliados. 
A vida da Amicia não é fácil mas ela é braba demais.

A jogabilidade é simples com mecânicas que vão ganhando certo dinamismo a cada momento, você sempre vai ter algo diferente te surpreendendo. Sinceramente curti muito mais esse sistema do que outros jogos que enchem a gente de comandos numa jogabilidade que não vai mudar em nada até o final.
Enfim, esse jogo foi uma grata surpresa que amei chegar ao final e vou guardar no meu coração como uma das melhores e mais belas histórias que já vi. Recomendo demais que você que ainda não jogou aprecie cada passo da jornada desses irmãos, entre nesse mundo melancólico e aprecie os momentos felizes e meigos, lute com todas as suas forças nos momentos de ação e se emocione com os momentos tristes.