01 março 2024

Porque eu amo 4: No Fate - Torture Squad

E aqui chegamos a mais um som que amo na quarta edição desse quadro que não faz diferença na vida de ninguém, mas amo escrever mesmo assim. E já que comecei com um thrash metal comercial (se é que é possível existir isso) no post inaugural do Porque eu amo, vamos para um lado menos conhecido pelo grande publico do rock, a musica extrema, vamos falar de um soco no esôfago desferido pelo Torture Squad: No Fate.
No Fate é a segunda faixa do album Far Beyond Existence, o oitavo álbum de estúdio da banda, lançado em 2017. Esse álbum é o primeiro de fato a contar com os vocais de Mayara “Undead” Puertas (a mulher é bruta), ela já tinha debutado no EP Return Of Evil que deixou claro o que viria pela frente. Far Beyond Existence trouxe o Torture Squad de volta as bandas mais famosas de metal extremo brasileiro, já que os caras não estavam conseguindo colocar o mesmo padrão de brutalidade desde a saída do ex-vocalista Vitor Rodrigues. O que vinham lançando não era exatamente ruim, pelo contrário, o álbum Esquadrão de Tortura é bem bacana mas os vocais do André Evaristo não impunham tanta violência quanto os do Vitor ou da Mayara.
No Fate não é exatamente um hit da banda, não ganhou clip ou lyric video, nem apareceu na playlist montada como coletânea pela banda, muito menos single lá fora. Isso não tira em nada o mérito desse sonzaço que em tudo que é resenha recebe o devido mérito.
O negócio já começa na base do desespero com gritos de agonia crescendo aos poucos entre sons de sirenes e explosões até que entra uma espécie de solo de bateria anunciando a pancadaria sonora que vai vir. Vale ressaltar aqui que o Torture é uma das bandas que mais merece um posto de Masterchef das cozinhas,  Amílcar Christófaro na bateria e Castor no baixo são extremamente entrosados e acima de tudo, extremamente talentosos e técnicos, logico que sem deixar a porradaria de lado.
Junto desse pequeno solo temos uma rifferama e um baixo estaladaço que após essa breve intro cadência ao riff principal que nos leva as linhas vocais que mostram o quanto a May sabe criar linhas agressivas, impondo um gutural que arrepia até os pelos do cu de qualquer vocalista do gênero.
Tudo isso acontecendo diante de seus ouvidos que vão ficando extasiados em frente a uma pancadaria que só aumenta até chegar num refrão que dá aquela freada mas não quer dizer que fique menos pesado.
A letra aqui merece muito reconhecimento, sempre avisando que não há destino, apenas suas ações trazendo de volta o que você planta. Sim amiguinhos, estamos falando de carma! Apesar de todo contexto apocalíptico apresentado estamos tratando de carma e isso é algo que as pessoas deveriam acreditar mais, já que quando você entende que suas ações devolvem suas consequências, você passa a tentar agir melhor, se tornando assim uma pessoa melhor a cada dia.
E aqui entramos num ponto que é um dos quais eu mais amo essa musica, pois além de toda a pedrada sonora, ela trás uma mensagem inteligente e bem única dentro do metal extremo e isso me agrada demais nela. No fim do dia fica os riffs pesando nos ouvidos e uma mensagem no coração e é por isso que esse som tem meu amor.

24 fevereiro 2024

Por Onde Andou 6: Andre Matos

Precisava fazer esse quadro com o maestro do metal como minha forma pobre, mas carinhosa de homenagear esse grande musico que foi Andre Matos, que nos deixou cedo demais, porém com um legado gigante mesmo assim. Então é isso, acredito que ninguém que venha a ler isso aqui precise de maiores apresentações de quem é Andre Matos e caso queira maiores explicações do que é o quadro Por Onde Andou, basta clicar no link e olhar os outros, está bem bacana e cheio de informações interessantes.
Pra fechar a introdução, vale lembrar que só vale álbuns de estúdio e as vezes algum EP ou outros em que a participação do artista foram de maior importância.
Tudo dito, então simbora:
Soldiers Of Sunrise (1987)
Primeira gravação da banda e do Maestro, durante a gravação Matos chegou a ferrar com a voz e tudo mais, início é sempre sofrido, mas trás sempre algo verdadeiro no trampo;
Theatre Of Fate (1989)
Aqui foi o primeiro salto de qualidade na carreira da banda e do músico, que com um produtor inglês, Roy Rowland, conseguiu entregar um trampo a altura da banda;
Angels Cry (1993)
O primeiro lançamento oficial do Angra foi um divisor de águas no metal nacional como um todo;
Holy Land (1996)
Aqui mais uma obra que modificou ainda mais o panorama de metal melódico nacional, aqui a banda adicionou ainda mais influências clássicas (grande parte por conta de Matos) e influências da música brasileira;
Freedom Call (1996)
Um EP que entra aqui pelo ótimo cover que a banda fez do Judas Priest para música Painkiller;
Fireworks (1998)
O derradeiro álbum junto ao Angra, álbum que quase não contou com a presença de Andre. Após isso o relacionamento da banda e empresário já estava extremamente desgastado, o que culminou com o fim dessa formação, e relacionamento de André Matos com Angra;
The Metal Opera I (2001)
Sei que falamos aqui que participações não contam e blá blá blá... Maaaaas esse caso é especial, pois pra mim que não sou tão ligado a esse gênero de metal melódico, conheci esse mega projeto por causa do Matos que manda muito aqui e certeza que esse caso se espante para muita gente;
The Metal Opera II (2002)
Com participação ainda maior, o vocal de Matos faz uma diferença e tanto nesse play;
The Wicked Symphony (2010)
Participação em apenas uma música, mas o que importa é que participou;
Ritual (2002)
O primeiro álbum do Shaman foi um dos maiores eventos do rock nacional da época, veja bem que foi um sucesso não apenas no metal, mas no rock ao todo, grande parte disso por emplacar uma música em trilha sonora de novela. Um baita álbum feito pelos remanescentes do Angra que conseguiu superar todas expectativas;
Reason (2005)
Um dos álbuns mais únicos em todo universo do metal melódico, aqui os caras deixaram a influência do pós punk e do metal gótico correr solta e ficou algo tão diferente e bom que foi pouco aceito na época. Mas é um puta álbum com direito até a cover do Sisters Of Mercy;
Time To Be Free (2007)
Primeiro passo em sua carreira solo trazendo consigo alguns sobreviventes do Shaman, como os irmãos Mariutti, o álbum foi bem aceito pelos fans e pela crítica, mas não teve o mesmo sucesso que a banda anterior graças a baixa no sucesso do metal e rock amargaram na época;
Mentalize (2009)
Outra ótima produção que assim como anterior não obteve o merecido reconhecimento;
The Turn Of The Lights (2012)
Último trabalho do Maestro, pelo menos em suas bandas efetivas em estúdio, pois houveram outras participações e lançamentos ao vivo.

14 fevereiro 2024

Rabiscos 32

Mais um da coleção dos que reencontrei, um rabisco que fiz pensando nela, que hoje nem tem mais o mesmo cabelão. A vida segue e as pessoas mudam, mas o nosso amor por elas continuam o mesmo.

10 fevereiro 2024

Clip23: Taking The Music Back - Anthrax

Clips marcaram nossas vidas, principalmente quem pegou a existência da MTV (quando era um canal voltado a música), onde esperávamos o horário dos programas voltados aos nossos gostos para assistir. Esse do Anthrax me marcou por passar sempre em um programa voltado a metal cuno nome não lembro no momento e estou com preguiça de pesquisar, quem quiser comenta aí qual era. Enfim, tome um clip reto que mostra uma banda sentando a socação de pancada no pé dos ouvidos.