28 dezembro 2015

Morre Lemmy Kilmister.

Hey guys!


A minha noite hoje foi destruída como, acredito eu, que tenha sido a de muitos de vocês também. Como todos sabem, perdemos uma lenda do rock, Lemmy Kilmister.
Por mais que soubéssemos que ele se encontrava doente, ninguém  queria acreditar que um dia o perderíamos. Era surreal demais. É surreal demais, para mim, essa noticia.

Sinceramente, não há palavras para descrever. Mas sei que todos entendem o que sinto. E essa dor se agrava um pouco mais por, ao contrário de alguns, não ter o consolo de pelo menos tê-lo conhecido.
Mas enfim, como dito na page oficial, vamos beber, vamos ouvir Motorheard e celebrar a todo o legado que ele nos deixou.

Born to lose, lived to win.
1945-2015

20 dezembro 2015

Historia de Casal: Capitulo 4: Forget Her- Jeff Buckley


Olá caros leitores, hoje vamos revisitar a história daquele casal, sim, aquele mesmo que faz algum tempo que falamos sobre.
Algumas semanas se passaram e esse casal esta um tanto quanto mais intimo, apesar de não se conhecerem pessoalmente por conta da distancia, os dois se falam diariamente e a vontade de passar mais tempo juntos só aumenta como tem que ser. 
Quando começamos a conhecer alguém melhor e gostamos de sua companhia, quando começamos a gostar de uma pessoa, quando descobrimos sentimentos dentro de nós que nem entendemos ao certo e esses sentimentos se dirigem a uma pessoa em si, queremos entender seu mundo, queremos fazer parte de sua vida. Queremos mostrar as coisas que amamos e queremos saber o que essa pessoa ama e essa mania que os humanos tem não foi diferente para esse casal. O Cara sente vontade de mostrar todo seu conhecimento rock n' roll para mocinha pois isso é algo que ele se orgulha. Ele quer que ela conheça aquela banda que faz parte da historia deles (pelo menos para ele faz) para mocinha, sente se dizer o porque quer que ela conheça a banda, pode ser que a assuste então apenas diz que acha que ela irá gostar e indica.
Melhor explicar melhor qual banda estou falando, Jeff Buckley, sim, daquela musica de uns capítulos atrás, você ainda se lembra desse capítulo né? Espero que assim como as vozes na minha mente, a sua esteja dizendo "sim" nesse momento, caro leitor.
Voltando ao casal:
"Então, acho que pelo estilo de musica que você curte, você irá gostar do Jeff Buckley, da uma procurada no Youtube e me diz depois o que acha."
Diz o cara por meio de twitt cheio de abreviações e erros de português que achei melhor não reproduzir (sim aquilo que você faz no Twitter) para a mocinha.
A expectativa por uma resposta dela fica martelando o cara, "será que ela vai curtir?", "o que ela ta fazendo que não responde?", "será que meu Whisky acabou?"... Até que um SMS chega em seu celular, um SMS dela!
"AMEI a musica."
Isso mesmo, ela usou a palavra "amei" para descrever a experiencia que teve com algo que o Cara indicou.
O coração do cara quase saia pela boca em ler essa bela palavra, quando a Mocinha lhe diz que a musica que mais curtiu do Jeff Buckley foi Forget Her, logo ela se torna uma de suas musicas prediletas. 
Mas (a vida é cheia desses "mas" e "poréns", acostume-se caro leitor) o Cara se toca, um tempo depois, que assim como no caso do personagem da musica, se a Mocinha lhe de um fora, esquece-la não será possível. 

10 dezembro 2015

Shit Project da KissFM-Recicle Musica de Merda

A noticia não é nova mas continua legal mesmo assim, a Kiss FM esta com uma campanha no minimo genial. Trata-se Shit Project, sim, recicle musica de merda a transformando em jardim revitalizados.
Essa campanha da rádio é genial pois além de ser uma trollagem de respeito, ainda revitaliza espaços públicos de São Paulo, que precisam e muito disso.
No ar desde abril desse mesmo ano (eu avisei no inicio da matéria que a noticia não era nova porra), Shit Project pode ser acessado através do site http://shitproject.com/ onde é possível reciclar as musicas de merda, contém os videos da campanha, o "hall da reciclagem" onde é possível ver as merdas que foram recicladas, além de explicações e tudo mais sobre o projeto. É possível reciclar também usando as hashtags #ShitProject e #RecicleKissFM em suas redes sociais.
A campanha foi criada pela AmapBBDO e ainda conta com o apóio do Paul Stanley do Kiss.
Enfim, é isso, agora o que você esta esperando? Se esta com alguma musica de merda na cabeça, trate de reciclá-la já.

06 dezembro 2015

Historia de Casal: Capitulo 3: Refuse/ Resist- Sepultura


A vida continua e a dos nossos personagens não deixa de ser diferente. Um mês se passou desde que se conheceram e como podem e devem esperar, se conhecem um pouco mais, já tem um pouco de liberdade um para com o outro e claro, se estalkeiam (o caro leitor não precisa de mais explicações sobre esse verbo, já que o expliquei no ultimo capítulo, não se finja de burro e nem pule capítulos por preguiça pois além de ser feio, te tira muita informação importante, ou não) por demais para conseguirem ainda mais informações.
O Cara, em suas tentativas desaforadas de mostrar seu mundo a mocinha, fica lhe indicando musicas que tenham algo em comum com o que ela posta em suas redes sociais. Espera ele, que ela o veja como ele é dessa maneira, que ela entenda o seu mundinho, que ela acima de tudo, aprecie esse seu mundinho e claro que a mocinha aprecie muito mais a ele por fim. Como o ser humano é tolo.
A mocinha por sua vez, se mostra muito politizada, coisa que faz o cara se sentir ainda mais tolo. Tolo porque apesar de entender um pouco de política, de entender como funciona e todo o lobismo pesado por traz disso, ainda não entende muito do que a mocinha publica, acha interessante todos os protestos que ela joga em suas redes. Nascia o AVAAZ e a mocinha estava entre os poucos que entendiam e compartilhavam daquela forma de ativismo, mais que isso, ela pesquisava sobre tudo que participava e dava detalhes de noticias que poucos entendiam ou sabiam o que era verdade ou não. Ela sentia orgulho disso e de debater sobre o que dizia fazendo com que os adversários muitas e muitas vezes desistissem ou mudassem de opinião, graças aos seus argumentos embaçados e sempre inteligentes.
O cara por sua vez, apesar de tudo já dito, pouco queria saber sobre tudo isso, faltava-lhe paciência para protestos e todos esses argumentos políticos que ele bem sabe que mudanças que poderão ocorrer sempre serão estéticas pois no fim o poder se manterá nas mãos dos mesmos enquanto os rostos mudam. Sempre que encontra um post político e toda defesa da mocinha o cara se envergonha de não fazer nada pra mudar isso, de ser tão pessimista quanto a tudo isso.
O tapa na cara final vem quando a mocinha posta Refuse/ Resist do Sepultura, o cara não sabe se ela postou por conta dele haver indicado essa musica um dia para ela mas fica contente dela te-la postado mesmo assim. Fica feliz por ela estar começando a absolver seu conteúdo mesmo que seja sem querer. Porém (como a vida é feita de poréns), ele percebe que esse papel deveria ser dele já que quem gosta desse tipo de musica politizada é ele, acabou se sentindo um hipócrita, o que já é um grande primeiro passo para alguém mudar...

Anos depois:
_Você lembra que postou esse som do Sepultura?
_Nossa, nem lembrava, sério?
_Sério sim, sempre tive a duvida se postou por conta de eu ter indicado ele pra você e tals...
_Desculpa mas se postei não foi porque você indicou não.

30 novembro 2015

Rock e Literatura: Admirável Mundo Novo (Brave New World)-Adam Huxley

Cara, estava tentando chegar a conclusão de pauta para este post, não vinha nada em mente mas queria rechear esse exato blog com alguma coisa, sim, mais uma tentativa de manter uma boa frequência de posts. Não me vinha nada a mente, isso acontece muito comigo, quando estou fazendo outras coisas, uma caralhada de idéias surgem e se vão, quando me sento para escrever nada surge mas se vão mesmo assim. Então, olhei para o livro que estou lendo, Carne Viva de Paulo Francis e folheei me deparando com o capítulo "Os Blues De Guerra", daí compreendi sobre o que devia escrever, literatura e rock. 
A literatura a todo tempo faz citações a musica, de todo tipo de literatura a todo tipo de musica mas como aqui falamos e amamos apenas rock, vamos interligar o caminho dessas duas vertentes que fazem e muito nossas cabeças.
De muito reformular como esse texto iria funcionar, resolvi falar só de um livro de cada vez e caso tenha retorno este post, farei outros iguais, tudo depende de vocês caros leitores.

Indo ao ponto, o primeiro livro que tratarei aqui é Admirável Mundo Novo (Brave New World) de Adam Huxley. Esse livro é um grande clássico da ficção cientifica. O livro foi publicado em 1932 (viu só, clássico pra caralho), contendo uma história que se passa em um futuro onde as pessoas são condicionadas psicologicamente e biologicamente para conviverem em um sistema de castas onde cada individuo tem seu papel determinado antes mesmo de nascer, ah, nascer de uma maneira artificial, através de incubadoras. Nessa sociedade as pessoas são condicionadas a achar o conceito de família vulgar e a reprimirem seus sentimentos com a ajuda da droga da felicidade, Soma. A inversão de valores também não para aí já que as pessoas, nessa ficção, são influenciadas a fazer sexo como uma forma de lazer qualquer, onde o lema principal é "cada um pertence a todos". Bom, a amplitude desse livro é algo brutal e muitas vezes, olhando por uma ótica direta, podemos ver que nossa sociedade ruma a isso em alguns aspectos, pelo menos na parte de influencias do estado sobre como devemos agir, além da influencia da mídia sobre como o sexo pode ser apenas uma forma de prazer simples e a exposição de corpos e beleza como algo de extrema importância para alguns me faz sempre lembrar de uma frase do personagem principal desse livro "Todos são como carne em um açougue".
Li esse livro a um bom tempo, estava saindo da adolescência, sendo assim muita coisa foi difícil de assimilar por conta da minha pouca maturidade na época mas os horizontes que esse livro me abriu me faz recomendá-lo a todos e mais alguns.

As bandas que homenagearam Admirável Mundo Novo:


Iron Maiden: No retorno de Bruce Dickinson ao Maiden, o primeiro álbum lançado foi Brave New World, onde a musica de mesmo nome e arte traziam inspiração total no clássico de Huxley. Lembro de ler numa entrevista em que Dickinson dizia que de inicio seria apenas um bom nome pro álbum mas depois de reler o livro tomou a decisão de fazer a musica sobre ele... A musica trata dos principais elementos do livro de uma maneira poética e inteligente, a arte do álbum remete a esse futuro onde na capa podemos ver o que seria a cidade futurista que é cenário do livro com o Eddy (mascote da banda e parte de todas as capas dos álbuns do Maiden) se manifesta em nuvens, como se fosse o mentor de tudo aquilo e em algumas fotos do encarte podemos ver integrantes da banda entre o que poderia ser as incubadoras de onde são gerados os humanos no livro, enfim, posso estar especulando, ou não mas em todo o caso fica a musica para apreciação;


Pitty: A cantora baiana batizou seu álbum de lançamento e musica titulo de Admirável Chip Novo, numa referencia ao livro em questão. No álbum, além da musica titulo, algumas musicas podem ser consideradas como referencia ao livro também. O caso é que Pitty usou de muita licença poética em suas letras, misturando a idéia geral do livro com nossos tempos modernos, dependente de tecnologia. Enjoy;


Motorhead: Não tão famosa por aqui quanto a Brave New World já citada, esse som do Motorhead veio do álbum Hammered, que não é um dos mais famosos da banda, e lança um paralelo entre nosso mundo e o Admirável Mundo Novo, incorporando a sujeira que Lemy sempre coloca em suas letras, sim é uma porrada de muita qualidade e...unf, mano é Motorhead, não precisa de apresentações. Curta e curta muito;


Strokes: Os caras usaram de referencia uma droga consumida por todos no universo de Admirável Mundo Novo. Soma, a tal droga e musica, era incentivada a ser usada nos momentos em que as pessoas se sentissem triste ou confusas, no universo do livro, essa droga tornava as pessoas felizes mas também viciadas e com isso mais fáceis de se controlar. A letra da musica deixa claro, de uma maneira bem poética, o que essa droga representa nesse universo. Ouça sem moderação;


30 Seconds To Mars: A referencia em This Is War não esta muito clara mas muitos especulam que o refrão e até mesmo o clip sejam referencia ao livro, onde o Brave New World, que esta sendo dito, seja o aviso que a nova ordem esta chegando e esse Admirável Mundo Novo esta para acontecer ou melhor dizer, esta acontecendo. Alguns especulam que as cenas mostradas no clip e tudo que é dito são apenas maneiras de interligar a nossa realidade a do livro e que o início desse Admirável Mundo Novo é o que esta acontecendo neste momento. Pelo sim ou pelo não, melhor ouvir;

Então, é isso, espero que tenham gostado e que esse texto deixe quem ainda não leu Admirável Mundo Novo curioso e o faça procurar por essa obra que não inspirou apenas musicas mas de filmes a séries e que não é apenas um clássico literário mas uma critica unica a nossa sociedade que te fará refletir e muito até a ultima linha.

29 outubro 2015

Significado Rock n' Roll

Qual verdadeiro significado do rock?
Começo esse texto com esse questionamento pois tenho encontrado muitas respostas a isso pela internet, algumas bem inteligentes, outras muito engraçadas e a grande maioria idiotas.
Falando nas respostas idiotas ao meu questionamento, lembro que há tempos atras, muito tempo mesmo, entrei em um debate ferrenho com um colega de Facebook por causa de um texto retardadíssimo que respondia a esse questionamento dizendo que o rock é um subterfúgio as drogas e blá blá blá... No fim, o dono do blog caiu em várias contradições e o autor do texto só demonstrou o quanto era terrivelmente hipócrita, além de não ter demonstrado em momento algum fazer pesquisas reais sobre o tema que abordou, enfim, não vou continuar esse assunto que daria quase que uma saga de livros.
Voltando a minha pergunta, eu gosto de pensar que a resposta a ela é o discurso do Sr. S no filme Escola de Rock "o rock é uma forma de confrontar o Homem". É exatamente isso o que o rock é, nasceu como contra-cultura e por toda sua historia buscou caminhos para confrontar o "Homem", melhor dizer, a sociedade. confrontou com assuntos que até então nenhuma outra forma de arte o fez, tratou de sexualidade, de drogas, política, guerras, amor, liberdade, preconceitos, racismo, religião, liberdade e todo o resto de assuntos que você tem entalado na garganta, o rock te fez gritar em alto e bom som que estava errado e foda-se não nos calaremos!
O rock e seus subgêneros foi o que fez uma caralhada de moleques frustrados com o tipo de musica que eram obrigados a ouvir montarem suas bandas e gritarem a todos, posso fazer melhor que essas bostas e vou fazer. Esses moleques não só fizeram como inspiraram uma outra caralhada de pessoas a fazerem eles mesmos, não só musica mas muitas outras coisas relacionadas a cultura rock n' roll.
O rock mudou e ampliou mentes e continua fazendo isso a cada novo ouvido que conquista. Lógico que o "Homem" não se da por entregue e esta tentando domesticar essa fera que é o rock, esta criando espiões que tentam por tudo diminuir o trabalho e a trajetória do rock, pessoas que se dizem desse mundo mas não mostram o minimo respeito por tudo que ele representa.
Você agora deve estar refletindo sobre tudo que leu agora e tem uma nova resposta a pergunta inicial do texto, além de outros questionamentos... Isso é ótimo pois para isso que o rock foi criado, para te fazer pensar e questionar e se nesse momentos ele esta adormecido, é que talvez esteja esperando alguém gritar de novo "foda-se essa porra toda, vou nos fazer ser ouvidos novamente!".

27 setembro 2015

E Lá Se Foram 4 Anos

Olá guerreiros do rock, estava dando uma olhada nesse filho pródigo que é o Attitude23 e percebo que ele já esta no seu 4° ano. Apesar de uma idade já avançada -pelo menos para os conceitos da internet-, esse blog que vos fala ainda é pequeno comparado aos seus contemporâneos. Isso se deve a falta de tempo e o pequeno numero de editores (só eu e minha mulher). Não criamos muito conteúdo, mas apenas criamos. Nada que você encontrar aqui é copiado de outro lugar como nossos hodiernos.
Poderia tocar na mesma tecla da desculpa por falta de tempo e tudo mais mas estou sem saco para isso e também todos já sabemos. 
O caso é que este é um blog sobre rock, tratamos aqui sobre isso e amamos saporra. O rock (perceba que não falo apenas do rock em si mas também de seus subgêneros como metal e seus subgêneros e punk), não é apenas um estilo de musica mas sim de vida, você não apenas curte rock, você vive o rock. Pessoas que curtem rock acabam se entendendo por conta disso, é mais ou menos uma seita que só quem é do meio entende.
Falando em rock e de todo nosso caso sem vergonha com ele, hoje ao olhar como um todo para esse estilo e todas suas vertentes, chego a conclusão de que o rock esta meio domado e por conta disso anda um tanto quanto adormecido. Acredito que toda essa profissionalização do meio fez esse fenômeno acontecer. Sério, esta tudo muito profissional hoje em dia, até mesmo os subgêneros dados como rebeldes e revoltados andam fazendo tudo segundo a cartilhinha e isso torna o grande show menos espontâneo, quesito esse mais que obrigatório se tratando dessa maravilhosa contra-cultura.
Se há salvação? Não posso responder. Como alguém que dentre as primeiras coisas que faz ao acordar é colocar o bom e velho rock n' roll para tocar e dorme ao som desse som sacaninha, tenho muita mas muita esperança que essa organização toda vá para puta que pariu e que possamos nos unir mais uma vez com a bateria fazendo nosso coração bater mais rápido, o baixo nos traçando o caminho, a guitarra nos aumentando o líbido e o vocal nos fazendo gritar em alto e bom som todo esse prazer que temos de sermos, como já disse no início, dessa seita incrível chamada rock n' roll e que estamos pouco se fudendo pra todo resto.

27 julho 2015

Heavy Metal: Origem e Influências.

Hey Guys! Hoje quero falar de Methaaal, Yeaaah! \m/

Final de semana passado assistimos a um documentário sobre esse gênero maravilhoso e cara, foram muitas descobertas e risadas!
O documentário que tem nome e sobrenome, Metal -Uma Jornada pelo Mundo do Heavy Metal, está disponível no Netflix e vale super a pena conferir. Vou pontuar algumas curiosidades e espero que não sirvam de spoiler, mas aperitivo:

O documentário parte do ponto de vista de um fã do gênero, Sam Dunn. Ele é formado em Antropologia, que é um estudo sobre as culturas humanas, e decide fazer um estudo sobre a cultura Heavy Metal a fim de descobrir o por quê dessa cultura ser tão estereotipada ao longo dos anos pela sociedade. Para responder essa pergunta ele faz uma viagem pelo mundo Heavy Metal. Essa viagem se dá de duas formas: histórica e literal.

Ele inicia sua jornada indagando a vários ícones do gênero de onde, para eles, teria nascido o Heavy Metal e por quê. As respostas seguidas dos argumentos surpreendem e são bem interessantes:
Alguns acreditam que o Blue Cheer foi uma das primeiras bandas de Heavy Metal por se tratar de um "trio mais alto e metálico" que existiu. Citaram ainda a letra Born To Be Wild da banda americana Steppenwolf por ser uma letra que fala "de motos envenenadas e de sair pela estrada". Houve quem dissesse que conheceu o Heavy Metal através do Led Zeppelin; outros Deep Purple por serem "os primeiros a ter um super equipamento de áudio".
Pelas diferentes respostas deu para perceber o que seria o Heavy Metal para cada um deles. E nenhum está errado. Mas para outros tantos, o Heavy Metal surgiu com a originalidade do Black Sabbath.

Segundo Tommy Iommi, quando falavam de Heavy Metal, ele não sabia o que era ou do que estavam falando. Eles (Black Sabbath) adoravam a vibração e a sensação dos pelos arrepiando no braço e isso dava a eles a intuição de ser essa a missão da banda.
O fato do som que faziam sugerir algo demoníaco, segundo Iommi, os atraia. Eles gostavam do que faziam. Gostavam dos riffs soarem maléficos.

A partir do Black Sabbath, "o som do diabo" se tornou uma espécie de definição do Heavy Metal, segundo Sam Dunn. E ele questiona então, o que torna um som do Metal, diabólico.
De acordo com alguns especialistas musicais,  a escala  do blues tem a quinta bemol, o trítono. Esse seria, por tanto, o som do diabo.
Afirmam ainda que na idade média o trítono  foi chamado de música do diabo por ser um som para se chamar a besta. Tem algo de sexual no som do trítono. E assim, as pessoas antigas ao ouvirem esse som e sentirem a reação dos seus corpos diante dele, imaginavam que estariam chamando o mal.

Ao entrevistar James Dio, criador do "Chifres do Diabo"-mão de chifrada: símbolo adotado no mundo Heavy Metal-, Dunn descobre como se originou o famoso gesto:
Dio conta, na entrevista, ser descente de italianos, e que seus avós eram supersticiosos. Quando criança, ele notava que sempre que a sua avó via alguém na rua, ela fazia o símbolo de mãos chifradas.
Mais tarde ele aprendeu que aquele símbolo, que se chama Meloik, era usado para se proteger de olhares de inveja ou, também, usá-lo para jogar mal-olhado na pessoa.
Ele finaliza seu relato sobre o símbolo dizendo que não inventou o chifres do diabo, mas o aperfeiçoou e o tornou importante.
 Dunn aceita o convite de James Dio, para continuar a conversa que tiveram no Wacken Open Air Festival, em sua própria casa. A conversa agora é sobre o simbolismo religioso presente em várias de suas canções, mas ainda assim a sua mensagem é avessa a essas religiões, em especial, o cristianismo.
Dio conta que quando criança tinha muito medo de freiras. Tinha medo que aqueles "Pinguizões" batessem em sua cabeça com réguas, o que acabavam fazendo de qualquer forma.
Ou pelo fato de se fizesse algo errado, vai para o inferno. E você sofrerá muito. E ele pensava com sigo mesmo, "Dá um tempo, que papo é esse?".
Ele fala então que devido a essa experiência, para ele, o mundo todo é o céu e o inferno. E a música, Haven & Hell é sobre isso, sobre o fato de que, na cabeça dele, vivemos no céu e no inferno. Deus e diabo estão dentro da gente, e a escolha é nossa.

De acordo com uma especialista, se não houvesse o cristianismo, não haveria o Metal como conhecemos. Para ela, a religião é crucial para o Metal.
E justifica sua afirmação dizendo que no Metal muitos artistas foram criados dentro da religião.

Iomi conta que no início do Black Sabbath, alguém deu a ele uma cruz e disse: "Isso vai proteger vocês". Desde então, eles nunca foram a lugar nenhum sem aquela cruz. Nunca subiu a um palco sem uma cruz. A cruz então se tornou o símbolo da banda.

Gavin Baddley, escritor e satanista, afirma que o Heavy Metal tem sido, desde o nascimento, associado ao satanismo e que enquanto o Black Sabbath cantava sobre satã ser algo a ser temido, um pouco disso pode ser descrito como um sentimento cristão. Os fãs, no entanto, querem uma banda satânica e isso somado a pressão comercial, fizeram com que a banda explorasse essa conexão: a fantasia demoníaca e as ideias satânicas.

Iomi continua seu relato dizendo que receberam muita publicidade de todos os lados. Alguns até alegaram que os componentes da banda eram adoradores do diabo.
Ele relembra uma experiência na Europa onde uma igreja tentou impedir que a banda tocasse na cidade. E eles não tocaram. A igreja conseguiu impedir. Eles proibiram o show e a igreja pegou fogo. Esse "acidente", claro, não teve a ver com a banda, mas acabou tendo a ver com a banda. Tentaram contorcer as coisas e colocar a culpa neles. E o fato de usarem cruzes pegando fogo no palco, não ajudou muito.

Para Alice Cooper, o satanismo que vemos, não é satanismo, e sim uma caricatura do satanismo. Ele afirma que, se alguém procura por satanismo, não o devia procurar no rock n' roll. E que um bando de garotos correndo e tocando guitarra bem alto e fazendo o símbolo de "chifres do diabo", não é satanismo. É Halloween.

Kerry King (Slayer) diz que gosta de "mandar bala" na religião porque acha que "é a maior forma de lavagem cerebral que é totalmente aceita no EUA e, provavelmente, em todos os outros lugares do mundo". E finaliza dizendo que acha que é um monte de merda.
Dunn questiona Tom Araya (Slayer) sobre como é a justaposição da sua crença -visto que ele tem  um caminho cristão bem traçado-, e a sua música. Araya afirma ser católico.
Dunn então pergunta qual o lugar das crenças pessoais dele no Slayer. Araya diz que considera o que fazem como arte. E a arte pode ser um reflexo da sociedade. Eles então estão pegando as reflexões mais sombrias. Eles (Slayer) tentam passar que o mal está em todos os lugares. "Está em todos nós.  E que algumas pessoas não o conseguem controlar tanto quanto outras. Mas está lá, independente da porra de religião que você acredite. O que quer que você ache certo, todos sabem o que é errado. Todos sabem que a coisas que você não faz. E as que pessoas não entendem isso ou não acreditam nisso não estão realmente ligados com eles mesmos, espiritualmente. Não interessa em que você acredita".
Dunn então questiona como se encaixa a música God Hate Us All. Araya responde então que Deus não odeia. Mas é um título da porra. E que queria usá-lo como título do álbum, porque é muito bom.

O documentário vai muito além das coisas aqui pautadas. São muitas curiosidades, muita coisa bacana que todo fã do gênero, mesmo não concordando, deveria saber.
Ele ainda explora questões como Black Metal, sua influência e algumas curiosidades e acontecimentos sobre o gênero.
A Pergunta que abre porta para o documentário, acredito, já pode ser respondida por todos os que leem este reles resumo, mas não pretendo colocá-la aqui. Espero que tenham se sentido tentados a assistir. O que aqui expôs não é um um terço do que o trabalho se propõe. E se pudesse resumir Heavy Metal em uma expressão, ela com certeza seria: FUCK YOU!

23 abril 2015

Happy Birthday for You

Hey!

Como podem perceber, esse post é diferente. É dedicado a uma pessoa muito importante no universo rock n' roll, para mim.
Por meio dele aprendi muita coisa  desse mundo Black in Black. Sim, ele ajudou a refinar e aprofundar meu conhecimento no mundo Rock. 
Não digo que através dele passei a gostar de rock porque, na verdade, já curtia o estilo. Mas ele fez amadurecer tudo que já conhecia ou pensava conhecer.
E apesar de ser, em partes, meu padrinho, não temos, em geral, os mesmos gostos pelas diversas vertentes desse Lado Negro da Força. E  eu amo isso!
É a diversidade de olhares e opiniões que nos faz crescer e aprender. O importante  é saber estar de mente aberta para isso. E olha, em se tratando de diversidade de opiniões somos um show à parte. Não só sobre o rock como também sobre política, religião e até mesmo forma de cozinhar... E tudo isso gera debate e muitas, muitas gargalhadas. Aprendemos desde sempre a respeitar a foça de pensar um do outro. Isso é o princípio de quem deseja aprender.

Franci 23, Baby, muito obrigada por estes anos ao teu lado e por tudo que representa na minha vida. Estou muito feliz por mais essa fase concluída ao seu lado.
Desejo a você, muito rock n' roll, copos de cerveja, muitas conquistas em todos os jogos que decidir jogar (exceto quando for contra mim), muito dinheiro, muitos posts loucos nos nossos blogs e muita Attitude. Te amo demais. É sempre bom pra caralho estar com você. Parabéns!


17 abril 2015

Republique Du Salém Lança Novo Clipe.

Gente, que coisa mais linda! 
Para nós, que acompanhamos a banda desde o início é tão gratificante vê-la crescer diante dos nossos olhos e, não apenas ver, mas participar de cada vitória e vibrar com cada conquista como se fizéssemos parte da mesma. De fato, quem curte o trabalho deles, faz parte sim.

Degustei esse som como alguém que degusta um vinho. Ele me remeteu tons de bandas que amo de paixão como Johnny Cash, Lynyrd Skynyrd, Black Crowes e Elvis Presley.
O som é um cover da música Go ye and Preach My Gospel do Rev. Dan SmithO novo trabalho da banda está sendo produzido com a supervisão de ninguém menos que Marc Ford. Tenho certeza que a experiência dele somada ao talento do Republique nos trará um grato e emocionante presente. O vídeo não me deixa mentir.

Deixo por fim o nosso Parabéns e Muito Obrigado à banda. Desejamos muito sucesso. Caras, vocês merecem!
Para quem ainda não teve a oportunidade de ver, segue abaixo o Novo Clipe. Enjoy!



12 abril 2015

Historia de Casal: Capítulo 2: Can't Stop Loving You- Van Halen


E lá voltamos a história do Cara, sim aquele cara que sente alguma coisa por uma mocinha, a Mocinha, ainda lembra deles? Espero que sim, caro leitor, pois iremos adentrar mais e mais no mundo deles, preparados ou não, lá se vamo nós.
Algum tempo se passou desde que inauguramos esse romance rock n' roll, não muito mas o bastante para esse relacionamento que se iniciou de maneira inusitada já tomar algum esboço. 
O cara começa a notar que a mocinha presta atenção no que ele posta em suas redes sociais, ela pergunta a ele o significado de algumas musicas e ele stalkeia (para quem não sabe o significado dessa palavrinha em inglês, ela quer dizer "perseguir" numa tradução livre; mas não apenas perseguir no tom policial da palavra e sim bisbilhotar... com o adjunto da internet, essa palavra tomou mais forte ainda o sentido de bisbilhotar, quem stalkeia, bisbilhota cada centímetro do perfil da vitima em questão) ela, sendo assim, não é de se duvidar que indiretas comecem a ser lançadas. 
Bem, antes de continuar devo fazer uma ressalva sobre esses dois, tanto o cara quanto a mocinha são lerdos para entender uma indireta e quando digo lerdos é que quero dizer devagar quase parando, tipo uma lesma com parkinson. O cara muitas vezes vê textos e coisas do nível da mocinha e fica se perguntando se isso tem alguma ligação com ele, a sua imaginação logo viaja como sempre faz e ele se perde em milhares de pensamentos e duvidas que sabe que a resposta não virá tão facilmente. 
Em momentos de duvidas um "porque não?" pode ser bem conveniente e entre tantas indiretas e diretas o cara resolve mandar a indireta mais sincera que ele poderia mandar e essa indireta é uma musica do Van Halen, uma musica que fala sobre algo que ele começa a chegar a conclusão de que esta sentindo, amor.
A indireta é mandada mas não tem um retorno imediato, porém, foi como tirar uma pedra do coração para o cara poder cantar aquela musica, dizer em alto e bom som que não consegue parar de amar a mocinha, foi bom para esse nosso personagem imaginar a mocinha ouvindo dele essas palavras.
E ainda consultando os versos dessa bela canção -claro que em tradução livre- há um momento certo para tudo e se você forçar algo, nada irá acontecer, nada irá mudar. Acreditem, essas palavras são sinceras, são realistas e para provar, um dia a mocinha tira uma foto e envia para o cara e nessa foto ela segura um papel onde se pode ler "I can't stop love you".

05 abril 2015

Tudo que a gente faz é pra ver se Fode alguém

Hey Guys, hoje quero falar de algo FODA, literalmente.


Todos concordamos que rock é foda. E isso sempre esteve presente em várias canções de diferentes bandas, estilos e épocas.
Rock e Foda tem tudo a ver! Aliás, a Foda distingue este gênero sublime dos demais.
Quando uma canção não é composta no sentido sexual de foder com alguém, ela faz, muitas vezes, uma critica de como somos fudidos e, outras vezes esta apenas descrevendo uma punheta, por que não?
Há ainda aquela foda mais subjetiva, onde nas canções a mulher amada ganha uma conotação de deusa, alguém quase intocável. A letra e melodia são bem românticas mas, nas entrelinhas, tudo que o carinha quer é foder. Um exemplo disso vem de várias canções dos Beatles, entre elas, Something onde fica claro o quanto ele se mostra fascinado com a garota. Ele sente-se seduzido por ela e tudo que ela faz o atrai, o encanta... sim, inclusive sexualmente:

"Alguma coisa em seu jeito de andar/Me atrai como nenhuma outra/Alguma coisa em seu jeito de me cortejar(...) De alguma forma seu sorriso mostra que ela sabe/Que não preciso de nenhuma outra/Algo em seu jeito de ser me mostra".

Devido a esse amor quase surreal presente nas canções, que não foi atoa o trocadilho: "Enquanto os Beatles queriam segurar a mão, os Stones queriam passar a noite juntos". Mas engana-se quem acha que esse romantismo todo acabava apenas na veneração da mulher amada. Era mais uma preliminar para foder. Até porque, como a música dos Beatles, I Want To Hold Your Hand,  -que serviu de comparação nesse trocadilho entre as bandas-, dizia: "Oh, por favor diga para mim/ Que você me deixará ser seu homem". Em outras palavras, que você me deixará te comer. Além disso os Stones só são os Stones por causa dos Beatles. Yeaah! Isso porque eles foram inteligentes o suficiente para usar o estouro dos Beatles ao seu favor. Eram uma espécie do lado negro dos Beatles. (Aqueles diabinhos que ficam no ombro). As canções deles eram baseadas nas canções dos beatles só que com letras bem mais explícitas para a época.


A primeira vista, Let's Spend The Night Together, parece apenas falar de um cara que por algum motivo não está legal e quer apenas a companhia de uma garota. Mas isso logo cai quando ele diz: "Eu satisfarei você toda vez que precisar/E agora você me satisfará".
Vocês entenderam? Ele está prometendo uma oral e pedindo um BOQUETE!!! Haha! Pelo menos ele é cavalheiro, vai.

Há também músicas que descrevem uma foda que realmente aconteceu, como por exemplo, Love In An Elevator da banda Aerosmith, que em versos conta um fato real onde o vocalista Steve Tyler conseguiu comer alguém (ou "alguéns") em um elevador. Oh yeah, subindo e descendo, baby.
Ainda na onda das músicas que descrevem uma situação foda, temos  Plaster Caster da banda Kiss que, infelizmente ao contrário do que muitos pensam (inclusive eu pensava), trata-se apenas de uma homenagem ao trabalho da artista Cynthia Albritton, mais conhecida como Cynthia Plaster Caster.
A Cynthia não chegou a fazer um molde do pênis do Gene Simmons. Alías, nem mesmo conhecia muito da banda ou sequer era fã. Mas era conhecida no mundo Rock por façanhas tais como imortalizar o pênis de ninguém menos que Jimi Hendrix. Além dele, ela teve contato com outros ícones do nosso lado negro da força como, Led Zeppelin e The Doors.


A música The Jack da banda AC/DC fala sobre uma Foda que saiu pela culatra. Explico: A banda teria divido a foda com uma Groupie e só mais tarde descobriram que na verdade ela que os fodeu com uma DST.
Mas foda-se! Tanks Groupie porque se não fosse por você talvez não teríamos essa música. E porra, eu adoro essa música. Isso sem falar do Strip do Angus.

Há também músicas que são ótimas para foder, literalmente. As músicas do AC/DC estão entre elas por ter uma pegada sexual mesmo.
H.I.M com aquele vocal de arroto sedutor do Ville Valo também é ótima. Entre as músicas do H.I.M posso citar In Joy And Sorrow. Mas se você, meu amiguinho, está a fim de um boquete, então a minha dica é Gone With Sin. Não acredita? Então vou abrir um parenteses para o pensamento que ouvi de alguém sobre essa música ("O que posso dizer é que essa musica, me traz recordações que guardarei para sempre em minhas cabeças"). O plural não esta errado...

Como disse no início, temos também músicas que falam apenas de uma pratica de auto-ajuda. Como por exemplo, uma música do Velhas Virgens que tem um nome que de tão poético, é quase desconhecido por muitos que curtem a banda. Mas também não é para menos já que o nome foi dado em homenagem a uma massagem específica a seres machos -ou nem tão machos- a fim de fazê-los relaxar manualmente atingindo por fim, o seu final feliz. A música Punheta . A propósito o Velhas é uma sacanagem à parte. E em matéria de Foda literal, eles tem de tudo, desde uma discussão entre A Boca, A Buceta e A Bunda, a uma Siririca Baby. 

Quando se trata de descrever o quanto somos fudidos pelo sistema, uma das primeiras bandas que veem a minha mente, é a Legião Urbana.
Além da mais explicita e famosa, Que País é Esse?, a banda tem várias outras composições que de forma mais subjetiva -ou nem tanto-, falam sobre essa Foda que não é nem um pouco agradável para quem está levando. Podemos citar entre elas, Geração Coca-Cola, Metal Contra as Nuvens, Índios e Fábrica.
Neste último de forma mais poética, a banda faz uma critica ao capitalismo. Onde tiram proveito da necessidades dos mais fracos. A música pinta um quadro escuro onde não há lugar para liberdade, conotando a amplitude e domínio desse novo sistema:

"Eu quero um trabalho honesto/Em vez de escravidão (...) Deve haver algum lugar/Onde o mais forte/Não consegue escravizar/Quem não tem chance (...) O céu já foi azul, mas agora é cinza/O que era verde aqui já não existe mais".

Ainda nesse caminho de sermos fudidos, temos Sociedade Alternativa de Raul Seixas. A música foi composta em 1974 época em que imperava a ditadura no Brasil. Nessa época, todo o material que seria divulgado ao povo passava por uma rigorosa fiscalização.
Raul conseguiu ironizar a ditadura de forma tão brilhante que não foi perceptível aos responsáveis da seleção.
Baseando-se na filosofia de Thelema do Livro da Lei de Aleister Crowley (Sim, o Miiiisteer Crooowleey, do Ozzy), onde apregoa-se que a pessoa pode fazer o que quiser e isso é toda lei. Ou seja, partindo do pressuposto que temos livre arbítrio somos responsáveis por nossa existência e consequentemente, por nossos atos. Por isso o termo "Todo homem, toda mulher é uma estrela". De modo geral, Thelema é entendido como a busca de cada individuo pelo viver em liberdade.

Como perceberam o mundo gira em torno da Foda, em todos os aspectos. O Rock é um estilo tão magnifico que consegue abraçar todos eles de forma ímpar. Isso porque tanto o rock quanto a expressão Foda têm intrínsecos o mesmo significado: Liberdade.
O rock nasceu indo contra às regras, quebrando tabus. Era e é visto como simbolo de rebeldia, autonomia de pensamento e expressão.
O termo Foda é tão foda que consegue abarcar todas as situações que possamos imaginar -Não apenas sexual-, isso porque ele não se limita a apenas um significado. Mas há vários. O que irá diferenciar é o contexto em que será usado.
Exatamente por serem duas coisas que nos permite ousar que é valida a expressão "Rock é Foda".  E em certa medida, o contrário também será verdadeiro.
Há rock sobre foda para todos os gostos e idades. Isso não há como negar. Rock é attitude. E attitude é o sobrenome do Foda.

22 março 2015

Manifestantes ou Fantoches?!

Fala galera, hoje trago algo que geralmente não fazemos mas como hoje se completa uma semana depois dos protestos e esse texto traz de uma maneira ímpar o que realmente tudo isso representa, então, tudo certo, nada resolvido, bora lá:
Obs.: O texto é redigido pela Pequena23.

Hey Guys!


Hoje quero falar do Gigante que acordou, novamente.

Domingo, 15 de Março, assistimos à várias manifestações por cidades em todo o país. 
Na primeira vez em que isso ocorreu (Que acabou sendo apenas pelos R$ 0,20 centavos, mesmo), eu estava muito entusiasmada, fascinada, orgulhosa. De verdade, nunca havia me sentido tão satisfeita com a coragem e ousadia do povo brasileiro. Mas infelizmente essa união foi sendo minada por objetivos pessoais de determinados partidos e, o que era para ser um marco de uma grande mudança na política do país, acabou por se transformar em uma grande farofa.
O povo brasileiro é um povo sonhador, que se apega muito fácil, que perdoa, apesar de não esquecer onde foram calejados.
Na eleição, comovidos por discursos emotivos, por sonhos, por uma falsa visão, deram mais uma chance, acreditaram mais uma vez em quem jurava, que poderiam confiar.
Após isso, toda a sujeira que estava debaixo do tapete, acumulada; abafada; socada, veio à tona. E mais uma vez o povo viu-se traído, assim, tão rápido, e sem nada para amortecer a grande decepção.
Novamente é decidido tomar às ruas, mostrar o quanto, unido, esse povo se mostra grande.
Se não estou orgulhosa por este ato?
Vejamos bem: Acho muito corajoso, muito intenso e maravilhoso ver o povo se unir em prol de algo maior. Mas vejo acontecer nessa manifestação, o mesmo que fez a anterior se dissipar, a presença de partidos.

Como bem disse a nossa PresidentE Dilma Rousseff, "a corrupção não nasceu hoje". E é obvio que o povo sabe disso. O problema é que, como já disse, o povo brasileiro tem um coração bom e tem o terrível defeito de acreditar de novo e dar mais uma chance. Mas tudo tem limites.

Por saberem da fraqueza desse povo que ama esse verde e amarelo e, que apesar de tudo, não desiste, mas acredita no seu pais, é que alguns políticos se infiltram tanto nessas manifestações, quanto no coração dos mais sensíveis a fim de levar esse direito por mudança e esclarecimentos, por um viés tortuoso no intuito de tirar proveito de tudo isso pra si.

Como eu disse certo dia, a PresidentE Dilma Rousseff tem sido uma piada a si mesma uma vez que outrora, tendo lutado nas ruas pelo fim da ditadura, se depara, agora, em seu governo, com o povo indo às ruas e clamando pela intervenção militar.
Esse fato foi, inclusive, lembrado pela própria PresidentE em seu discurso em resposta às manifestações.

E é exatamente nesse momento que não me sinto representada pelo clamores das ruas. É ai que se encontram mascarados pequenos e traiçoeiros lobos.

O ato da manifestação já começou dividido. Isso para mim é considerado uma falha na base e uma brecha, incrivelmente convidativa, para os sangue-sugas, mal intencionados, de plantão.
À principio, queria-se o impeachment da PresidentE Dilma Rousseff (o que aliás, ainda consta em pauta), mas logo percebeu-se um impasse: quem assumiria? Michel Temer? Não parece, a ninguém, uma opção.
Alguém gritou, lá do fundo: -"Intervenção Militar!!!".  -"Sim" pensaram outros, -"Parece uma saída".
Os termos "Intervenção Militar" e "Governo Militar" são eufemismos de Ditadura. 
Não, Ditadura a maioria, acredito, não quer. -Mas intervenção militar não é bem isso.  Alguém falou. -É só o exercito nas ruas e fiscalizando os escândalos de corrupção.
Acredito que devido ao desespero e descontentamento, somos levados a uma autossugestão que em outro momento jamais seria concebível. Vejo os pedidos de Impeachment e "Intervenção Militar" dessa mesma forma. O povo já está tão esgotado de acreditar e se decepcionar a ponto de gritar por algo radical, talvez pelo fato de isso soar com tom mais amaneirado. Não os culpo.

Ouviu-se ainda quem gritasse pelo terceiro turno. Para colocar quem? 
Nesse barco da corrupção não existe partido menos ruim ou menos pior, ou um pouco mais santo que outro. Todos mamaram. Ganharam para manter a sujeira quentinha e protegida.
O partido que empareia-se ao PT é tão sujo e tão corrupto quanto o próprio partido em questão. 
Indevidamente alguns dos seus membros foram absolvidos, sabe-se lá Deus por quê e por quanto.
Além do mais, imaginem a bagunça que seria se em todas as outras eleições onde, apenas por causa de uma parcela insatisfeita, fosse clamado novamente e novamente por outro turno. Iria virar bagunça, desordem, confusão. Não é assim que deve funcionar.

Algo que até em tão não havia notado, mas meu marido logo me chamou a atenção,  foi para o seguinte cenário: Na primeira manifestação quando lá no começo estávamos putos com o contexto político geral, incluindo o PSDB, que aliás, foi uma das fagulhas para toda a explosão, houve agressão por parte da polícia contra manifestantes. Claro, o Alckmin foi bem claro ao dizer que não aceitaria isso, mas claro, camuflando sua declaração em atitudes (más atitudes), de quem só estava ali para "causar".
No entanto na recente manifestação que lotou as ruas, não houve nenhum tipo de represália. Por quê? Porque ouvia se gritos de Impeachment, intervenção e terceiro turno. E claro, isso não teria por que o atingir, pelo contrário. Políticos do mesmo partido tiveram a cara-de-pau de vestir a camisa e sair às ruas gritando, misturando suas vozes ao do povo.

Vi alguém dizer, que não é por causa de tudo isso que essa manifestação deve ser desvalorizada. Queridos, acredite, não é. Não estou desvalorizando, tão pouco desmerecendo. Longe de mim isso.
Quero deixar claro, antes de tudo, que não sou simpatizante do governo atual nem convincente com nenhum outro partido.
O que me deixa triste ou melhor, o que evita que me sinta feliz com toda essa mobilização, é ver as pessoas sendo usadas, manipuladas por esses cínicos que fingem, na maior cara dura, que a conversa não é com eles. Que essa prosa não tem a ver com eles.

Parece que aprenderam rápido que o problema não é deles,  não viram nada, não sabiam de nada...



Obs. final: Esse texto foi originalmente publicado em http://tudoeporranenhuma04.blogspot.com.br/2015/03/manifestantes-ou-fantoches.html

19 março 2015

República: Metal de Responsa

Olá meus caros patriotas, com saudade de nós? Bom, espero que sim pois também temos sentimentos e sei que vocês tem pressa, sendo assim, vamos ao que interessa.
Quem curte um som e vai em festivais e coisas do nível de rock sabe que muitas vezes acabamos conhecendo grandes bandas do underground neles, e foi assim que descobrimos o República
A historia não é longa por isso vou contar e não se atreva a pular esse parágrafo!No aniversário de São Paulo (dia 25/01 para os mais desavisados) houve um festival na Cidade Matarazzo nomeado com o criativo nome de Rock Na Cidade, esse festival foi organizado pela Prefeitura de São Paulo, a rádio 89 e também a Cidade Matarazzo... O festival começou cedo, 10 horas da madrugada de um domingo. No line-up do festival tinha muita coisa interessante mas não era possível assistir tudo por causa de compromissos a noite e também por causa do sono matinal. Resolvemos que iriamos a tempo de ver o Mattilha que se apresentaria ao meio dia e meio no Palco Pinhal (sim, foram vários palcos) mas por motivos de sono maior, acabamos atrasando e chegando depois da apresentação da cachorrada, na verdade chegamos ao fim da apresentação de uma banda que aparentemente era muito bacana, o Hammerhead Blues. Como tínhamos um tempo vago até os compromissos noturnos, resolvemos ver o show da próxima banda que seria, adivinhem... O República! 

Não conhecíamos nada da banda mas estávamos de mente aberta para o show e sinceramente, do fundo do coração, valeu muito a pena, man! As musicas autorais, que infelizmente ainda desconhecíamos, nos impressionaram mas os caras também soltaram alguns covers ( Killing On The Name do Rage Against The Machine, Enter Sandman do Metallica e TNT do AC/DC estão entre eles) em versões insanas que fez o publico viajar e viajar além, eu faço parte dos que foram além.
Enfim, Republica é uma banda Heavy Metal mas com um tom de thrash, me lembra em certas partes o Iced Earth e em outras o Metallica por conta do peso ser de certa forma limpo.
Os caras trazem 3 álbuns de estúdio, República de 1996, There's No Fucking Eletronic Modern Loop de 2007 e Point Of No Return de 2014, este ultimo não para de tocar aqui em casa.

Point Of No Return é um álbum coeso e todo proporcional me trazendo muito a mente, como já mencionei os trabalhos do Iced Earth, da era Dark Saga, manja?! Também como já falei, esse álbum tem aquela porrada limpa que o Metallica consegue fazer. As letras são em inglês e tratam de sentimentos cotidianos mas de uma maneira heavy metal, se é que me entendem... A produção é de primeira linha não devendo em nada para bandas gringas, aliás a produção ficou a cargo de Roy Z (que já produziu álbuns até do Bruce Dickinson) que também tocou guitarra na musica Goodbye Asshole.
A atual formação do República é, Leo Belling no vocal, Luiz Fernando Vieira e  Jorge Marinhas nas guitarras, Marco Vieira no baixo e Fernando Rensi na bateria. Todo o instrumental é de qualidade e de peso combinando perfeitamente com o vocal roco. Os caras já tem um bom tempo de carreira como podem ver pelos anos de lançamento de seus álbuns, já tocaram no Rock In Rio e até já abriram para o Deep Purple mas como sempre repito, precisam de reconhecimento lá fora para ser reconhecidos aqui...
Finalizando, valeu muito a pena esperar o show do República naquele dia e tenho certeza que se você parar para ouvir essa banda irá achar que valeu muito a pena esse tempo usado.