Max Cavalera é um dos grandes nomes do metal, o cara tem o respeito tanto internacional quanto nacional do cenário headbanger e influenciou uma caralhada de músicos. O mais legal disso tudo é que o cara mostra um grande respeito pelo seu país de origem, o nosso Brazil, usando influencias nacionais em suas composições, em seus shows o cara toca até um berimbau, e até mesmo cantando em português em alguns sons.
Se formos olhar mais diretamente, o Max Cavalera é um dos brasileiros que mais divulgam nossa cultura entre gringos pois suas bandas tem visibilidade mundial e seus shows são frequentados por gringos e não por apenas brasileiros que moram em outros países. Pois é, o metal representa o nosso país melhor mas não recebe o minimo respeito aqui no nosso país que culturalmente vive da mediocridade...
Enfim, vamos ao que interessa que é mostrar os álbuns em que o cara solta a voz:
Bestial Devastation (1985)
O EP de estréia do Sepultura foi lançado como um split com o EP Século XX do Overdose. O som era bem extremo puxado pra um death no nível Possessed. Por falar em Possessed o Max se denominava Max Possessed Cavalera e nenhum dos caras tinha instrumentos próprios, todos instrumentos aqui usados eram emprestados;
Morbid Visions (1986)
O primeiro álbum do Sepultura é tosco mas extremamente violento e sujo. Aqui a sonoridade da banda ainda está no estilo de bandas como o Possessed e
Celtic Frost mas os caras já adotaram seus nomes próprios, Max aqui já não usava o "Possessed" no nome. No relançamento pela
Roadrunner Records o álbum ganhou de bônus as musicas do
Bestial Devastation;
Schizophrenia (1987)
O segundo álbum do Sepultura foi o primeiro a contar com Andreas Kisser na banda. Talvez pela entrada do guitarrista ou por influencias do thrash que estava em alta na época, a banda aqui já tomou esse caminho;
Beneath The Remains (1989)
O primeiro álbum gravado pela Roadrunner Records foi de sucesso mundial e contou com a produção de
Scott Burns que já havia trabalhados com bandas como
Morbid Angel. Burns veio para o Brasil para as gravações e foi assaltado em nossas terras;
Arise (1991)
O maior sucesso de critica da banda onde as experimentações da banda e de Max de fato começaram a aparecer. Aqui a banda começou a flertar com hardcore, metal industrial (que nessa época ainda estava engatinhando) e até mesmo com musica brasileira. Arise foi o primeiro álbum do Sepultura a receber grande investimento da gravadora e foi gravado ainda por Scott Burns mas agora na Flórida, em um estúdio de qualidade. Esse é um dos meus álbuns prediletos e vale muito ser ouvido;
Chaos A.D. (1993)
Aqui as experimentações foram ao além e o som já foi considerado por muitos como de groove metal. Groove ou não, o som desse álbum influenciou de groove a nu metal passando por uma caralhada de gente pelo caminho;
Roots (1996)
Depois do maior sucesso de crítica chegamos ao maior sucesso da banda. Roots foi o auge do Sepultura e isso é inquestionável. Roots Blood Roots se tornou o grande clássico da banda, sendo tocada por ambos os lados (Sepultura pós saída dos Cavaleras e Soulfly e ainda Cavalera Conspiracy). Muitos fans do Sepultura antigo torcem o nariz para Roots porém todo mundo reconhece que esse álbum é um marco na historia do metal e merece muito reconhecimento.
Point Blank (1994)
O Nailbomb foi um projeto de Max Cavalera com participação de alguns outros músicos. Esse projeto rendeu apenas um álbum de estúdio mas Point Blank é uma porrada que merece ser ouvida.
Soulfly (1998)
Após sua saída do Sepultura, Max voltou com sua nova banda e ela traz aquela musicalidade que Roots trazia com um tanto mais de experimentações. O álbum de estreia do Soulfly serviu para mostrar qual seria o rumo dos novos trabalhos de Max;
Primitive (2000)
Com produção e participação de
Sean Lennon (filho de
John Lennon) Primitive teve uma caralhada de participações especiais,
Tom Araya (
Slayer),
Corey Taylor (
Slipknot/
Stone Sour) e
Chino Moreno (
Deftones). Esse álbum é bem coezo e está entre meus prediletos;
3 (2002)
Em homenagem as vitimas do atentado ao World Trade Center o álbum tem a faixa 9-11-01 que é um minuto de silencio no álbum. Esse álbum traz um dos grandes clássicos da banda, Seek N' Strike;
Prophecy (2004)
Em Prophecy Max testou suas influencias de vivencias do mundo. Nesse álbum é possível você encontra influencia de tudo que é tipo de musica do mundo. O álbum foi bem recebido pela critica;
Dark Ages (2005)
O álbum do Soulfly mais voltado ao thrash metal. Com citações em russo na musica Molotov;
Conquer (2008)
O sexto álbum do Soulfly foi bem recebido pela critica e publico e as experimentações aqui continuarão. O álbum ganhou uma versão especial com cover de Marilyn Mason e Bad Brains;
Omen (2010)
Omen fez com que alguns fans do antigo Sepultura começassem a olhar com bons olhos para o Soulfly. A sonoridade mais agressiva e poucos momentos de experimentações fez a cabeça de uma galera aí. Muita gente atribui isso ao reencontro dos irmãos Cavalera. Na versão especial do álbum traz musicas com os filhos de Max tocando algum instrumento;
Enslaved (2012)
Aqui a porra ficou ainda mais séria, com uma formação nova o Soulfly lançou um álbum com influencias extremas e poucas experimentações. Com participação de Dez Fafara (DevilDriver) e de vários dos filhos de Max em uma canção, aqui Max mostrou que é sim um grande nome do metal e que sua prole vai dar um pleno futuro no metal e pro clã Cavalera;
Savages (2013)
O caminho seguiu o mesmo do álbum anterior, com uma pequena diferença, o baterista nesse álbum é Igor Cavalera, filho do Max. A bateria é um tanto quanto mais simples mas isso não quer dizer que é ruim, Igor sabe como impor a pancadaria e nada aqui deixa a desejar;
Archangel (2015)
O ultimo lançamento da banda até então traz mais pancadaria num tom meio que conceitual, já que as letras em sua maioria tratam sobre o primeiro testamento;
Inflikted (2008)
Foi algo que chamou a atenção até de quem não curte metal, "os irmão Cavalera se unirão, fizeram uma banda e estão lançando um álbum que é uma pedrada violentaça". Inflikted chamou a atenção e foi merecidamente muito bem recebido;
Blunt Force Trauma (2011)
O segundo álbum de estúdio dos irmãos Cavalera trouxe outra predada nos mesmos moldes do anterior e mais uma vez foi bem aceito;
Pandemonium (2014)
Aqui a velocidade foi elevada e o groove meio que deixado de lado. Em uma entrevista Max brincou falando que estava tentando cansar o Igor fazendo ele tocar sempre como se ele tive-se 15 anos;
Killer Be Killed (2014)
Banda formada com Max na guitarra e vocal,
Troy Sanders (
Mastodon) vocal e baixo,
Greg Puciato (
Dillinger Escape Plan) guitarra e vocal e
Dave Elitch (ex-
Mars Volta) bateria;
Além disso tudo, Max também fez participações em projetos de outros músicos, dublou monstro em filme e até fez ponta em jogo de vídeo game mas isso é assunto pra outro post e esse aqui serviu para mostrar que o metal nacional está bem representado com um cara que trabalha em vários projetos impondo nossa cultura e mostrando que o metal é uma forma de arte e que representa o Brasil sim.