Olá você aí da terra do carnaval e da alegria encenada. Retorno mais uma vez para tratar do que
hoje eu ouvi, que foi o álbum
Brave New World do
Iron Maiden.
Caso tenha estado em coma durante as duas ultimas décadas, saiba que Brave New World é o decimo álbum de estúdio do Iron Maiden, sendo lançado em 2000. Tem como grande chamariz o retorno de
Bruce Dickinson aos vocais da banda, além de
Adrian Smith retornar junto as guitarras, o que deixou a banda com 3 guitarras pela primeira vez em sua história.
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| Os bons filhos da puta a casa retornam. |
Brave New World teve uma boa porcentagem de suas 10 canções compostas enquanto
Blaze Bayley ainda comandava os vocais do Maiden, lembrando que essa fase nos trouxe os álbuns
The X-Factor e
Virtual XI, ambos com uma pegada mais progressiva. Essa fase do Maiden trouxe boas musicas mas com um vocal que não combinava com a banda, isso em Brave New World evoluiu muito bem já que com 3 guitarras os sons ganharam uma encorpada, ainda mais com o vocal do Dickinson que nem precisa de muito para justificar o quanto é bom.
Por falar em Blaze, reza a lenda que ele ainda colaborou com alguns sons mas não recebeu credito no álbum... Fofocas a parte voltemos ao ponto.
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| Pra não falar que não apareceu, aqui está o Blaze. |
Não só de prog vive Brave New World, é possível encontrar influencias do que Dickinson vinha fazendo em sua carreira solo, um pouco da Dama de Ferro velha e antiga, com musicas que remetem ao heavy metal que eles faziam em Piece Of Mind e até mesmo aquela mistura de hard rock e heavy metal que começaram a fazer em meados dos anos 90.
Mas deixe-me falar mais da minha experiencia com esse álbum que é aonde quero chegar. Brave New World entrou na minha vida logo em seu lançamento, por incrível que pareça, por meio de um sebo. Eu tinha uma enorme coleção de HQs que precisava me livrar por motivos, fui vendendo e trocando em sebos, o que me trouxe dinheiros que bancaram rolês bem importantes na minha vida e também alguns álbuns que consegui encontrar garimbando muito. Entre esses plays estava Brave New World... Deixe- me falar um pouco sobre mim naquela época antes de terminar essa história. Tenha calma jovem padawan, se não a força não vai entrar dentro de você.
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| Uma é pouco, duas é bom, três é um bela de uma parede de guitarras. |
Naqueles anos eu era um jovem adulto e para justificar minha fama de mal, só ouvia metal extremo e blasfemo. Heavy metal era muito leve para mim, ou minha pose de tr00 deixava eu pensar assim.
Pois bem, imagine um cara de vinte e poucos anos com sua estampa de
Morbid Angel encontrando um CD lançamento do Iron Maiden em um sebo, na falta de algo melhor acaba sendo obrigado a leva-lo.
Cheguei em casa, coloquei no som, ascendi um cigarro e comecei a apreciar o play e por mais que odiasse admitir, estava amando cada som que ouvia. até chegar na faixa numero 7, The Fallen Angel, que estava riscada. Sim, tomei no cu e descobri porque um lançamento já estava a venda como usado, voltei no sebo e depois de muito negociar troquei o CD riscado por um vinil que não consigo me lembrar qual mas que se perdeu no tempo.
Brave New World reabriu minha mente ao heavy metal, me fez desempacotar alguns CDs e vinis que eu tinha em casa do gênero e aprecia-los sem moderação. Um tempo depois foi lançado o ao vivo no Rock In Rio em DVD, que naquela época só playboy e traficantes tinham, e em CD duplo que por mais incrível que pareça minha mãe me deu de aniversário.
Minha história com Brave New World voltaria a se cruzar quando um amigo que a muito não via me emprestou o CD, dessa vez rodando todas as musicas perfeitamente. Passei meses sem vê-lo para entregar de volta o CD e por isso comecei a me sentir dono do play, até que o cara saiu do inferno de onde estava e por livre e nenhuma pouca espontânea vontade tive que devolver.
Um mês depois resolvi dar um chega nessas idas e vindas desse álbum e o comprei novo, cheiroso, virgem e lacrado e desde então está em minha coleção de discos. O esculto sempre e sempre tenho o mesmo prazer de redescobrir o quanto heavy metal e Iron Maiden são bons.
