26 setembro 2019

Crítica Menos Embasadas Do Que Nunca

Borderlands 3 foi lançado recentemente, e quem leu Terminei Borderlands 2, sabe o carinho que tenho por essa saga de jogos e também o exato motivo. Pois bem, o jogo novo da minha amada saga lançou e fui ler um review que o Google me recomendou, mais precisamente esse Review de Borderlands 3 da IGN, e nele encontrei alguns trechos escritos de maneira direta e honestas, mesmo que por uma pessoa que aparentemente nunca jogou um jogo da série, já que critica algumas das mecânicas que mais representam a saga desse game.
O caso é que quando vai citar a história, o ser humano responsável pelo review (que não faço a minima questão de pesquisar quem é) não apenas reclama de uma característica do jogo, o humor escrachado e sem noção, como o coloca como uma falha, cobrando um posicionamento mais politicamente correta que condiz com os tempos atuais de gente chata pra caralho.
Isso pra mim só demonstra a falta que faz a obrigatoriedade do diploma de jornalismo, na verdade, a falta que faz uma mídia jornalística de fato profissional no meio gamer. Quando você dá uma pesquisada rápida quanto a origem da maioria desses sites de notícias voltados a games, percebe que são apenas pessoas que ganharam notoriedade de alguém e com isso o trabalho de jornalista. Falta profissionalismo nesse meio e não falo apenas nos sites especializados nacionais e sim nos mundiais. A pouco tempo um produtor reclamou de que alguns sites falavam mal de Gears 5 sendo que a média do jogo era alta... Não fazia sentido e de fato não faz. Assim como um outro review do Daysgone que achava um absurdo o personagem central do jogo ser um homem, não faz sentido reclamar disso, ainda mais quando o jogo se trata de uma história que aborda um motociclista que participa de um motoclube.
Os caras fazem release de jogos sem levar em consideração suas características e ao que ele se propõe, cobrando algo que não deveria ser cobrado daquele determinado jogo. É como se você fosse fazer um release de um álbum de black metal e reclamasse do desrespeito aos cristãos contido alí, no mínimo você é burro ao esquecer do contexto daquilo.
Um jornalista ao abordar uma obra, seja de que tipo ou gênero for, deve se informar sobre o contexto dela e ter consciência do que aquela arte se propõe. O gosto pessoal da pessoa em nada deve ser levado em consideração, se uma crítica deve ser feita, que seja específica a falha que alí existe e não porque a pessoa se choca com determinado ponto da obra. Não esquecendo amiguinhos que a arte existe também para te chocar.