24 fevereiro 2016

20 Anos de Roots do Sepultura

Esse ano, o álbum Roots do Sepultura completou 20 anos e para comemorar, bora falar um pouquinho dele. 
Roots foi o sexto álbum de estúdio do Sepultura, lançado em 1996 trouxe algo totalmente novo até então, um thrash mais enxuto, coisa que o Sepultura já vinha praticando em seus dois álbuns anteriores, Arise e Chaos A.D., combinado com musica brasileira. Isso fez com que alguns fans xiitas torcessem o nariz para o álbum, falando que era ruim, que nem se comparava ao Sepultura antigo e tudo mais. O caso é que esse álbum foi muito importante para o metal em geral, foi aqui onde bandas como Slipknot e Korn encontrarão suas influencias, além de ser o caminho que a banda de Max Cavalera, o Soulfly seguiu. Podemos dizer que esse é o inicio do nu-metal.
Infelizmente esse foi o ultimo trabalho de estúdio com Max Cavalera fazendo parte da banda, no mesmo ano de lançamento de Roots Max saiu da banda, ou foi expulso, depende da ótica. 
Para gravar Roots, o Sepultura procurou o estúdio Indigo Ranch em Malibu, California. Esse estúdio contava com aparelhagem totalmente analógica a moda antiga. Gravações foram feitas em um cânion junto do musico Carlinhos Brown, fazendo som de percussão com elementos diferentes como, por exemplo, uma garrafa de água vazia sendo arrastada no chão. Também foram utilizados gravações feitas junto a uma tribo Xavante (a idéia inicial era com índios Caiapós porém não era possível porque a tribo não gosta da presença de brancos), o cântico dos índios foi incorporado a musicas instrumentais.
Assim como o nome do álbum diz, Roots, traduzido livremente é Raízes. Aqui a banda voltou as raízes com um som mais tribal, rico em percussão e com forte influencia da musica indígena.
Além de Carlinhos Brown e a tribo Xavante temos a participação de Mike Patton (Faith No More) e Jonathan Davis (Korn) além do DJ Lethal. E na versão nacional temos os cover de Procreation (of the Wicked) do Celtic Frost e de Symptom of the Universe do Black Sabbath. Na versão comemorativa de 25 anos continha o cover de War do Bob Marley.
Apesar de ter reconhecimento mundial e de ter primeiro feito sucesso no resto do mundo que aqui no Brasil, o álbum, lançado pela Roadrunner, continha letras que tratavam sobre assuntos mais nacionais que o de costume. Cultura indígena, Zé Do Caixão, o seringueiro ativista Sergio Mendes, racismo, ditadura militar, Amazônia, candomblé e alguns outros assuntos dos quais conhecemos de cor. Parte disso esta na capa do álbum também, já que a índia estampada na capa foi retirada da parte de traz de uma nota de 10000 Cruzeiros (moeda antiga do nosso país), a foto da índia é de domínio publico é foi tratada para capa de Roots por Michael Whelan. A capa de Roots também foi votada como a terceira maior capa feita pela Roadrunner numa votação com o pessoal da Roadrunner pelo mundo todo.  
Roots não tem só importância por tudo isso mas também por ter sido o auge do Sepultura em sucesso e por ter trazido o metal de volta aos holofotes na década de 90 que foi pega de assalto pelo grunge. Apesar das criticas dos já citados fans xiitas, o álbum foi sucesso de vendas e critica numa era onde o metal estava um tanto quanto esquecido pelo grande publico, assim como hoje em dia. Precisamos de um novo Roots, de uma banda que novamente volte as raízes e nos traga algo tão bom e inovador como o Sepultura fez.

21 fevereiro 2016

Ultraje a Rigor: Por que as pessoas se revoltaram com o Roger?

Hey Guys!

Todos estamos sabendo do circo gerado depois do show do Ultraje a Rigor.
Mas percebi que poucos entenderam o porquê da revolta de alguns com a postura do Roger. Aliás, ele mesmo não entendeu.

Como o próprio Roger disse, a banda Ultraje foi convidada pelo próprio Mick Jagger para fazer a abertura do show Dos Rolling Stones.
Vejam bem o tamanho da honra que os caras tiveram. Primeiro por ser convidada para abrir o show de uma das maiores bandas de Rock, segundo por ser convidada pelo próprio MJ.

Como todos sabem, o Roger é crítico do PT e do governo Dilma. E ele nunca escondeu isso, pelo contrário, sempre desabafa sobre seu desconforto com o atual governo. Até ai, tudo bem. Ninguém é obrigado a gostar de tudo ou se conformar com um governo que não o agrada. Mas  o estopim para tudo isso foi o fato do Roger ter ido com uma camiseta que estampava uma estrela vermelha e os dizeres "Star Fucker" remetendo ao PT.


Como disse, ninguém é obrigado a gostar do governo atual. Mas como o próprio Roger disse, a banda  foi Convidada.
O show era dos Stones, as pessoas compraram os ingressos para assistir a apresentação de uma das maiores bandas inglesas. Não era show do Roger.

Se fosse um show do Ultraje, beleza, ele poderia vestir o que quisesse, porque quem comprasse o ingresso concordaria com sua forma de pensar ou pelo menos, esperaria tal atitude. 
Mas não era.
Ele não foi convidado para pregar ideologia politica, nem para bater boca com um público que NÃO era dele. As pessoas não pagaram para isso.

"Ah, mas ele foi ofendido primeiro"

Não! As pessoas é que foram ofendidas primeiro com a estampa que ele usava. Ele não usou a estampa gratuitamente ou inocentemente. Havia um motivo.

Gente, prestem atenção: eu não estou falando tudo isso para dizer que o partido  A é melhor, ou que o partido  B é melhor. Estou falando que independente do partido que ele quisesse ferir, ele estaria errado. Não esta errado apenas por estampar uma estrela com palavrões, estaria errado se estampasse um tucano, ou qualquer outro simbolo de outro partido.
Ele estaria errado mesmo se ele estivesse elogiando o PT ou elogiando qualquer outro partido.
Ele está errado pelo simples motivo de  ali não ser lugar pra isso. As pessoas não compraram ingressos pra isso e principalmente porque ele era apenas um Convidado.

O principal erro dele não foi usar um estampa ofendendo um partido. O erro dele foi desrespeitar as pessoas. 
Como disse, ninguém é obrigado a concordar ou aceitar o atual governo, assim como ninguém é obrigado a aceitar ideologia politica de ninguém.





20 fevereiro 2016

Rock & Literatura: Saga O Senhor Dos Anéis (Lord Of The Rings)-J. R. R. Tolkien (Parte 4)

E a saga do Anél continua, pelo menos aqui no Attitude23, depois da primeira parte, segunda parte e a parte três agora vamos para, olha só que incrível, sim, a mothafocka parte 4! Dessa vez nem vou me alongar muito, prometo.

Promessa é divida, então simbora:

  Cruachan: Essa banda que mescla folk e metal, com pitadas de vários outros gêneros extremos. A banda se diz pagan e com isso usa muitas lendas irlandesas (país de origem da banda) e historia deste país também e também, claro, a Terra Média. Musicas como Sauron e The Fall Of Gondollin (Gondolin -em português com apenas um L- é uma cidade élfica e a historia de sua queda esta entranhada nos primórdios históricos da Terra-Média);


Burzum: Mais uma banda de black metal que se inspirou no lado negro do Senhor dos Anéis, Burzum é uma palavra na língua negra onde traduzindo significa escuridão. Essa banda é dada como uma das mais sombrias da história do black metal, muito por conta da historia do seu único integrante, Varg Virkenes, que assassinou a facadas Euronymous, integrante do Mayhem. Enfim, muitas das letras do Burzum podem ser interpretadas como inspiradas em Senhor dos Anéis, pelo menos a que você conseguir compreender;

Elvenking: Essa banda italiana de power metal que tem o mesmo nome que o pai de Legolas, isso mesmo o rei élfico da floresta das trevas. Além do nome, a banda se inspirou na saga da Terra Média para compor algumas musicas e entre elas está Oakenshield, que homenageia Thorin Escudo De Carvalho, líder e rei anão que tem grande importância no livro O Hobbit. Thorin lidere a comitiva dos anões, ao qual Bilbo Bolseiro se une;


Funeral Pyre: Essa banda de death metal com influencias de black metal, ou melhor dizer, que faz uma boa junção dessas duas vertentes do metal extremos vem do E.U.A. e no som Isengard Unleashed resolveu homenagear a fortaleza de Saruman;


Usuper: Essa banda de metal extremo traz uma musica homenageando os Nazgul, os espectros do Um Anél. Eles que caçam o Um Anél, são os fantasmas dos reis consumidos pelos anéis de poder dados a Sauron.

12 fevereiro 2016

Projeto do Novo Álbum do Marc Ford no Kickstarter

Para o publico do Republique Du Salem o nome do Marc Ford ficou ainda mais conhecido por conta de seu trabalho no novo álbum da banda, que leva o mesmo nome da banda. Marc Ford que produziu e participou desse álbum, além de dividir uma turnê com o RDS esta em uma nova empreitada, o projeto de um novo álbum independente criado com a ajuda dos fans por meio do Kickstarter.
Kickstarter, para quem não sabe, é um site de crowdfunding, ou de vaquinha em bom português. Funciona da seguinte maneira, a pessoa cria o projeto, especifica metas de valores e datas e explica aos interessados como irá ser o projeto. Quem por sua vez acabar doando, receberá mimos em troca, no caso do Marc Ford, os mimos vão de ringtone enviado por e-mail a direito de participar da gravação do álbum com seu nome no álbum e tudo mais, isso tudo passando por ganhar CD, vinil, poster, camiseta, aula de guitarra pelo skype e por ai vai. Tudo depende do valor doado, lá no link da doação ( https://www.kickstarter.com/projects/539780993/marc-fords-new-record?ref=video ) você encontra os valores e o que vale pra cada doação. O único probleminha nisso é que a doação vai ser em dólar, sim, dói um pouquinho mas pelo bem da musica boa, vale a pena.
Marc Ford tem uma carreira ímpar que nem precisamos comentar aqui, e esta prometendo algo grandioso, ainda mais para hoje em dia onde a musica em geral anda um tanto quanto medíocre.
Vamos ajudar e torcer para esse projeto sair do papel pois musica boa é sempre bem vinda.

10 fevereiro 2016

Scibex: Extremo e Suave

E aí molecada. No Underground23 de hoje vamos indicar algo diferente do usual, uma banda de black metal, ou melhor, Avant-Garde Black Metal como alguns intitulam. Para quem ficou sem entender nada e conhece alguma coisa de metal extremo, digamos que lembra um pouquinho os últimos trabalhos do Borknagar mas claro que o Scibex traz todas as particularidades que faz dessa banda uma banda unica. Para quem não conhece muito bem dessa fantástica coisa chamada metal, digamos que eles tocam black metal mas sem ficar frisando satanismo e essas coisas em suas letras, fazendo um som pesado mas dando muita importância a melodia e um tanto de experimentalismo e com um vocal limpo fazendo dueto com o tradicional vocal rasgado.
Conheci essa ótima banda pela internet por indicação de conhecidos virtuais e desde então venho ouvindo bastante.
Scibex vem da terra do metal nacional, Minas Gerais, mais precisamente de Uberlândia (a terra onde são gerado os Ubers/ não deu para resistir a piada idiota) e já esta na ativa desde 2012. A banda conta com já 3 tipos de trabalho, um single, Error Bath, um EP, Matha's Prison e o excelente álbum Path To Omors. Ouvindo os trabalhos podemos acompanhar a evolução da banda até chegar em sua linguagem unica. 
Path Of Omors foi gravado na raça e com uma mãozinha da prefeitura de Uberlândia, isso enquanto os caras da banda tinham que organizar seus horários para conseguir levar esse trabalho a frente e se manter. Por falar nos caras a banda é formada por Diogo Bald no vocal, Thales Valente e Lennon Oliveira nas guitarras e João Paulo no baixo. Esses caras trazem influencias totalmente diferentes e isso é algo que torna o som da banda ainda mais rico.
Enfim, sempre, sempre mesmo, o metal nacional fez frente ao que se ouve no resto do mundo, peso, qualidade e originalidade é o que não falta em nossas bandas e ver que o Scibex fazendo um som mais moderno nos deixa orgulhoso em saber que o metal nacional esta vivo e pulsante como sempre.

Facebook: https://www.facebook.com/scibexomors/

06 fevereiro 2016

Rock & Literatura: Saga O Senhor Dos Anéis (Lord Of The Rings)-J. R. R. Tolkien (Parte 3)

E aqui chegamos a terceira parte desse post (parte 1 e parte 2), muito ainda esta por vir mas esta cada vez mais gostoso escrever essa matéria, espero que esteja sendo agradável de ler também. Ah e claro, que isso te influencie a correr atras dos livros de toda a saga pois é um universo único e incrível que vale e muito a pena ser visitado.

Sem mais delongas, simbora:


Blind Guardian: Não é novidade que bandas de power metal se inspiram e muito em livros de fantasia para compor suas musicas,também não é novidade que um dos principais nomes nesse estilo de livro é O Senhor Dos Anéis e que uma das principais bandas do  estilo é o Blind Guardian, sendo assim o casamento de ambos é no minimo esperado. Blind desde sua primeira musica, Majesty, em seu primeiro álbum, Battalions Of Fear, já tratava da obra de Tolkien. O primeiro álbum que ouvi da banda, também foi o primeiro que comprei, Somewhere Far Beyond (quarto álbum da banda), como fiquei empolgado quando ouvi The Bard's Song - In The Forest que se conecta a The Bard's Song - The Hobbit, a arte do álbum remete a saga do Anél, para mim isso foi um divisor de aguas quanto minha opinião sobre o power metal. Enfim, Blind Guardian tem muitas outras musicas sobre essa grandiosa saga mas isso iria alongar e muito esse trecho então infelizmente devo parar por aqui mas deixando um ótimo som para vocês curtir;


Battlelore: Saindo do power metal agora vamos aquela mistura marota de doom metal com aquela pegada gotica e vocais de bela e a fera que o Theatre Of Tragedy influenciou aos baldes. Battlelore vem finlandia e além de trazer um som de muita qualidade, traz em seu primeiro álbum, ...Where Shadows Lies, todas as musicas com inspiração na saga de Tolkien, coisas muito bacanas podem ser ouvidas como The Green Maiden e The Grey Wizard, então enjoy;


Summoning: Se lembra que falei que bandas de black metal também se inspiram na saga em questão? Eis uma banda desse quesito mas aqui a porra é ainda mais séria, o Summoning não trata sobre satanismo e toda essa lenga lenga do black metal, Essa banda procura ao maximo falar sobre A Terra Média em suas letras e isso é de uma maneira impar;


Galadriel: Mais um caso doom misturado a metal gotico e tudo mais mas aqui até o nome da banda é inspirado na saga da Terra Média. Galadriel para quem não sabe ela é a mais bela de todos os elfos da Terra Média, na saga de filmes interpretada por Cate Blanchett, o que demonstra ainda mais todo seu poder. A banda Galadriel por sua vez não se atém a falar sobre a saga de Tolkien mas trata sobre aqueles assuntos de sempre do mundo gótico, apesar de ter nome e muitas artes de capa dos álbuns inspiradas no mundo de Tolkien;


Lothloryen: E aqui chegamos a uma banda nacional, sim, nacional do Brasil. Representantes do Folk Metal, seguem a mesma pegada do Tuatha De Danann sendo que tem até a participação de integrante da banda em um de seus albuns. Além do nome da floresta élfica a banda traz muitas mas muitas influencias da Terra Média em suas melodias e em suas letras o que nos orgulha e muito dessa arte made in Brazil;