01 dezembro 2022

Terminei A Plague Tale Requien

Já vi muito tipo de histórias, amo ler livros, HQs e mangás (além de hentais), amo filmes e séries, amo álbuns conceituais (com músicas contando uma história ou trazendo um recorte de um tema), amo animes e séries animadas, amo games... Toda essa introdução é para dizer que tenho muita noção de como uma história é contada em diversas mídias e temas.
Uma história, além de personagens com personalidade bem definida e um tema central, deve cuidar como será o relacionamento desses personagens, como vai evoluir isso sem tornar piegas, nos fazendo se importar com eles a ponto de torcer e se emocionar a cada passagem.
Hoje é seu dia de sorte seu guarda.

Confesso que poucas histórias e personagens conseguem me fazer me importar, tanto com personagem quanto com aquele mundo. Quando se trata de ficção, ultimamente ando vendo os padrões se repetindo tanto, mesmo nos grandes sucessos, que isso me brocha um tanto. Ainda mais quando falamos de games, as vezes uma jogabilidade mais legal me faz cagar pra trama central. As vezes acho piegas demais, sejamos francos que os roteiros dos games tem mais clichês que séries da Netflix.

E é aqui que chego aonde quero chegar, no jogo que terminei: A Plague Tale Requiem, jogo de ação/ stealth,  desenvolvido pela Asobo Studio e lançado pela Focus Home Interactive para todas as atuais plataformas. No meu caso joguei no meu velho Xbox One de guerra via XCloud (serviço de streaming do GamePass), o que me permitiu jogar com gráficos de nova geração, sim o jogo é bonito.
Eu não menti, é bonito!

Pouquíssimas histórias que tive a chance de testemunhar tem uma relação tão bonita quanto a desses irmãos que compõe os personagens principais. O jogo trabalha essa relação de maneira ímpar. Momentos de calma com os dois brincando e conversando sobre coisas triviais te desarmam para os momentos tensos de ação e drama que vêm a seguir.
Amo esse elenco, quero ir pro bar com vocês tudo.

Hugo, o irmão caçula que é o protegido da protagonista Amicia (quem você controla durante a aventura), é uma criança inocente de fato e todas as suas ações são de fato as de uma criança, até nos momentos que faz birra, o problema aqui é que a birra dele pode fazer um regaço fudido.
Vou te falar que esse jogo me emocionou como poucas histórias conseguiram fazer, terminei com os olhos cheios de lágrimas e com aquela sensação de que toda a jornada foi válida. Nenhuma ação dos personagens é propositalmente burra pra gerar algum conflito como vemos na maioria dos filmes hollywoodianos, aqui o mundo os cansa, é tudo duro e brutal levando-os a perder a cabeça, ou a duvidar de aliados. 
A vida da Amicia não é fácil mas ela é braba demais.

A jogabilidade é simples com mecânicas que vão ganhando certo dinamismo a cada momento, você sempre vai ter algo diferente te surpreendendo. Sinceramente curti muito mais esse sistema do que outros jogos que enchem a gente de comandos numa jogabilidade que não vai mudar em nada até o final.
Enfim, esse jogo foi uma grata surpresa que amei chegar ao final e vou guardar no meu coração como uma das melhores e mais belas histórias que já vi. Recomendo demais que você que ainda não jogou aprecie cada passo da jornada desses irmãos, entre nesse mundo melancólico e aprecie os momentos felizes e meigos, lute com todas as suas forças nos momentos de ação e se emocione com os momentos tristes.